quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Procuradoria Geral da República (PGR), Polícia Federal (PF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) devem apurar as graves denúncias contra o falsário Nilton Monteiro, ligado ao deputado Rogério Correia do PT de Minas, por fraudes milionárias em diversos documentos:


Estelionato, formação de quadrilha e fraude em execução de notas promissórias milionárias e até mesmo negociações fraudulentas com títulos do Tesouro Nacional. 

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Nilton Monteiro e Rogério Correia

Reportagens de Oswaldo Ramos, publicadas nas edições de terça (19/02) e nesta quarta-feira (20/02) do jornal O Tempo, desvendam incontáveis crimes praticados por Nilton Antônio Monteiro - acusado de falsificar a “Lista de Furnas” - e que estão sendo apurados em processo que corre na 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

As graves denúncias também deverão ser investigadas pela Procuradoria Geral da República (PGR), através do procurador-geral Roberto Gurgel, Polícia Federal (PF), pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em processos sob análise do presidente, ministro Joaquim Barbosa, e pelo Ministério Público de Minas Gerais, onde vários casos que envolvem o falsário encontram-se sob investigação.

Nilton Monteiro chegou a ser preso por duas vezes entre 2011 e 2012 por falsificação de documentos. Nesta mesma época veio à tona as provas de que ele teria sido contratado pelo deputado estadual Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, pouco tempo antes do surgimento dos papéis que ficaram conhecidos como a “Lista de Furnas”.

Além dos documentos que comprovam que Rogério Correia mantinha um acordo financeiro com o falsário, diálogos gravados pela Polícia Federal, com autorização da justiça, provam que eles mantinham uma relação estreita, que incluída a negociação de benesses em instituições públicas federais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As novas informações publicadas pelo jornal mostram como Monteiro falsificava notas promissórias em valores de até R$ 780 milhões, além de arquitetar a distribuição de dinheiro que inclusive entre advogados que pertenciam ao grupo, utilizando-se para isso da produção de contratos com datas retroativas.

Nilton Monteiro terá que explicar à Justiça acusação de ter tentado executar promissórias falsas

Reportagem de Osvaldo Ramos, jornal O Tempo, de 19/02/2013

FOTO: CRISTIANO TRAD - 22.10.2011
Detenção. No fim de 2011, notas falsas levaram à prisão Monteiro, réu em mais de cem processos

Considerado o homem responsável pela chamada lista de Furnas e réu em mais de cem processos na Justiça, o falsário Nilton Monteiro ainda está longe de ter seu futuro definido. O caso que o levou à prisão por duas vezes entre 2011 e 2012 será tratado em uma audiência de instrução no dia 21 de maio. Atualmente, os 12 volumes do processo estão em poder da promotora Rita de Cássia Mendes Rolla, que analisa as acusações. O lobista é suspeito de fraudar notas promissórias e assinaturas, tentando aplicar golpes milionários.

Além de estelionato, ele responde por formação de quadrilha e denúncia caluniosa contra a administração pública. Os pedidos de vista - feitos pelo Ministério Público e pelos advogados das partes - têm deixado o trâmite lento.

As análises periciais realizadas nos computadores apreendidos nas casas de Nilton Monteiro e Maria Maciel de Souza, acusada de ser comparsa, realizadas pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais, são as mais contundentes provas que podem levar à elucidação das ações criminosas atribuídas ao grupo. As informações fazem parte do Laudo Pericial n° 12679/12, que integra o processo a que responde Nilton Monteiro e seus parceiros, na 2° Vara Criminal de Belo Horizonte.

Peritos conseguiram recuperar, localizar e catalogar centenas de arquivos nos computadores do lobista e de sua suposta cúmplice Maria Maciel. Esses arquivos contêm modelos de assinaturas, documentos em que essas assinaturas podem ter sido incluídas digitalmente, minutas de notas promissórias e modelos de contratos feitos com datas retroativas, além de vários arquivos de imagens com logotipos de empresas, inclusive da Câmara dos Deputados e da estatal Furnas Centrais Elétricas S/A.

Com relação às assinaturas, a perícia é categórica ao afirmar que "muitas dessas imagens também foram encontradas dentro de arquivos de documentos nos locais destinados a assinaturas". A riqueza de informações é tão grande que permitiu aos peritos rastrearem o que pode ser uma sequência completa de uma fraude documental, com a obtenção da imagem de uma assinatura e o seu tratamento digital.

Exemplo. É o caso da imagem da assinatura da empresária Andrea Cássia Vieira. Segundo a Polícia Civil, foi localizada uma sequência de imagens de assinaturas, em CPUs diferentes, que mostram a variação de cores e a limpeza de parte dos caracteres originais de onde ela pode ter sido extraída. Monteiro executa uma nota promissória contra a empresária, na comarca de Abre Campo, no valor de R$ 68 milhões.

O perito explica que o arquivo de imagem encontrado em uma das CPUs e outro, localizado em um segundo equipamento, exibem uma mesma assinatura com a diferença de que, em uma delas, a firma está sobreposta a um nome começado com "Andréa Cássia" além de possuir um tom azul mais claro.

"Além disso, se as imagens forem redimensionadas para tamanhos equivalentes, a parte da assinatura pode se sobrepor perfeitamente uma na outra". E conclui que "essas características indicam que ambas as imagens foram editadas para que uma fosse derivada da outra ou as duas de uma terceira imagem".

Em depoimento à polícia em 9 de maio de 2012, Andréa Vieira disse acreditar que a assinatura digitalizada encontrada nos computadores de Nilton Monteiro seja a mesma utilizada para emitir a nota promissória de R$ 68 milhões. A empresária informou, ainda, que o juiz que analisa o caso deu prazo para que Nilton Monteiro apresentasse o original da promissória, mas que ele não atendeu à determinação judicial.

Segundo o laudo pericial, foram localizados vários arquivos de promissórias, com valores milionários e fabricadas com datas retroativas, o que atesta a falsidade do material. A nota emitida contra Andréa Cássia Vieira de Souza, de R$ 68 milhões, por exemplo, traz a data de 20 de agosto de 2008, mas teria sido, na verdade, criada no dia 13 de maio de 2010.

Foram localizados ainda três outros arquivos com notas promissórias emitidas com datas retroativas, todas feitas em 13 de maio de 2010: de R$ 957 mil, contra Roberto da Cunha Vieira Filho; de R$ 625 mil, contra Cláudio Roberto Mourão; e de R$ 335 mil, contra Joaquim Engler Filho, ex-advogado de Monteiro.

Somando-se os valores apenas das notas de cobrança emitidas em 13 de maio de 2010, Monteiro teria fabricado R$ 70 milhões em promissórias, todas elas com datas retroativas.


Perícia
Provas podem dar respostas a golpes aplicados em série
Além das notas promissórias milionárias, a perícia da Polícia Civil de Minas localizou arquivos contendo procurações, contratos de instrumento de confissão de dívida e de cessão de direitos que podem elucidar, em definitivo, a origem de dezenas de documentos que dão sustentação a várias ações de cobrança e execuções em curso nas Justiças de Minas, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Um desses arquivos contém, por exemplo, uma procuração atribuída ao então diretor jurídico da Samarco Mineração, Francisco A. França, datada como sendo emitida em 21 de fevereiro de 2000, mas que, na realidade, teria sido criada no computador de Monteiro em 16 de dezembro de 2007, segundo atesta o laudo pericial. Foi localizado, também, um "Instrumento Particular de Contrato de Acordo de Comissionamento e Prestação de Serviço", junto à Samarco, no qual Nilton Monteiro se coloca como um dos beneficiários.
Em depoimento à Polícia Civil, em 13 de julho de 2012, o advogado Francisco França, que, durante 32 anos, prestou serviços à mineradora, afirmou que jamais teria assinado tal papel. Ele informou que somente o presidente da empresa e outro diretor tinham atribuição e poderes para nomear procuradores.
França também assegurou que o padrão do papel timbrado utilizado na confecção da procuração era diferente do padrão gráfico adotado pela empresa.
Débito. Outro contrato, de "instrumento de confissão de dívida", que chamou a atenção da perícia, é o que dá lastro a uma execução de notas promissórias, no valor de R$ 3 milhões, contra o advogado Carlos Felipe Amodeo.
No computador do lobista foi encontrada uma versão desse "instrumento de confissão de dívida" com data de 28 de julho de 2005. No entanto, a perícia comprovou que o suposto documento foi criado em 14 de março de 2008. O advogado faleceu em outubro de 2005.
Esses contratos são bastante similares a outro no qual o empresário Antônio Pontes Fonseca reconheceria um débito de R$ 4 milhões com Monteiro e que também foi encontrado nos computadores do falsário.
Apesar de trazer a data de 6 de fevereiro de 2005, a Polícia Civil afirma que o arquivo teria sido criado em 7 de fevereiro de 2008. Todos esses contratos de confissão de dívida têm em comum, além das datas retroativas atestadas, o casal Alcy Monteiro e Maria Maciel como testemunhas. (OR)

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Grupo dividia `lucro´ de golpes: Documentos mostram como era a partilha de dinheiro entre estelionatário e comparsas
Planilhas apontam que R$ 30 milhões seriam repartidos no esquema
Publicado no Jornal OTEMPO em 20/02/2013
OSVALDO RAMOS
FOTO: ALISSON GONTIJO - 20.10.2011


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Prisão. Processo que tramita na 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte levou o estelionatário Nilton Monteiro à prisão por duas vezes, entre os anos de 2011 e 2012

Galeria de fotos
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Peças integrantes de processo em curso na 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, duas planilhas e um documento de confissão de dívida, apreendidos na casa do advogado Alcy Monteiro, no Rio, mostram como o grupo formado pelo estelionatário Nilton Monteiro - que responde a cem processos por vários crimes - e seus aliados arquitetava a divisão de quantias milionárias originárias de suas atividades.
Em 21 de maio, uma audiência de instrução vai tratar do processo. Monteiro é suspeito de fraudar promissórias e assinaturas para dar golpes milionários. O processo está sendo analisado pelo Ministério Público de Minas.

No instrumento de confissão de dívida, de 11 de fevereiro de 2008, Monteiro se compromete a pagar a Alcy e à sua esposa, Maria Maciel, outra integrante do grupo, 7% do valor total dos créditos referentes às ações promovidas contra quatro pessoas, justamente de ações em que o casal atua como testemunha. Somente nesses processos, eles receberiam cerca de R$ 1,75 milhão.

No dia seguinte ao acerto, Monteiro apresentou à Justiça um documento de confissão de dívida que trazia, por coincidência, como testemunha o casal Alcy e Maria Maciel. Esse contrato não é o único documento que prova que Nilton Monteiro contrata suas testemunhas.

Uma cópia de e-mail de 16 de julho de 2011, também apreendida pela Polícia Federal, mostra correspondência entre ele e Maria Maciel em que ela pede dinheiro a Monteiro e fornece o número de conta bancária em nome de José Carlos de Souza para que seja feito o depósito. Ela afirma que o estelionatário tem sido seu "grande amigo e parceiro", ao agradecer a ajuda recebida de Monteiro.

Repasses milionários. Uma das planilhas apreendidas com Alcy traz a divisão de R$ 30 milhões entre diversas pessoas, entre elas o próprio Nilton Monteiro (R$ 16 milhões), Maria Maciel (R$ 2,8 milhões), Alcy Monteiro (R$ 2,2 milhões) e o advogado de Monteiro, Willian dos Santos, que seria destinatário de R$ 1 milhão. Outro integrante do grupo, Gilmar Corrêa, é apontado como beneficiário de R$ 250 mil.
Documentos demonstram que o papel pode estar relacionado a uma pretensa dívida de R$ 30 milhões que os indiciados cobram da Samarco Mineração S.A. A dívida, inclusive, é contestada pela empresa.
Na segunda planilha sobre a divisão de recursos, estão o próprio Alcy, Maria Maciel, um escritório de advocacia e uma corretora de imóveis. A lista traz, além dos valores a serem recebidos por cada membro do grupo, os números de CPF e de CNPJ e dados de contas bancárias dos beneficiados.

Monteiro receberia vários depósitos, alguns, de R$ 250 mil e R$ 450 mil, e uma empresa vinculada a Maria Maciel receberia créditos superiores a R$ 9 milhões. Outra beneficiária do esquema de distribuição de recursos seria a advogada Regina Mesquita Parada, com repasse de R$ 90 mil. Ela pode ser a mesma advogada carioca que está respondendo a processo na Justiça fluminense denunciada por participação em uma tentativa de golpe de R$ 1 bilhão contra o Banco do Brasil.
Fraude no Tesouro é investigada
As investigações que apuram a participação de Nilton Monteiro, Alcy Monteiro e Maria Maciel de Souza na falsificação de uma nota promissória de R$ 3 milhões e de um instrumento de confissão de dívida mostram fortes indícios de que o grupo estaria envolvido em operações fraudulentas com títulos do Tesouro Nacional. É o que mostra a análise dos documentos, anexados pelos investigadores ao processo, que tramita na 2ª Vara Criminal do Comarca de Belo Horizonte.

Os policiais do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil de Minas Gerais acabaram por revelar que o grupo estaria envolvido com operações fraudulentas de compra e venda de títulos da dívida pública e letras do Tesouro Nacional em valores bilionários, inclusive com a participação de um cidadão italiano.

As pistas das operações com títulos do Tesouro foram coletadas durante perícia realizada por técnicos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais nos computadores apreendidos nas casas de Nilton Monteiro, em Belo Horizonte, e de sua cúmplice Maria Maciel, em Vila Velha, no Espírito Santo.
Foram descobertas dezenas de imagens de certificados e de letras do Tesouro Nacional, guias de recebimento das letras, laudos periciais e cópias de alguns passaportes.

ANÁLISE. Esses documentos já foram analisados por técnicos da Coordenação Geral de Controle da Dívida (Codiv). O coordenador da Codiv, Antonio de Padua Ferreira Passos, afirma que as cópias dos títulos, certificados e recibos submetidos às análises "possuem diversas características que permitem concluir, com segurança, que se tratam de documentos falsos".

O coordenador também faz um alerta sobre a negociação com esses títulos e informa que, nos últimos anos, tem recebido diversas consultas e denúncias sobre o assunto, sendo que, em todos os casos, as letras do Tesouro Nacional, bem como a documentação que as acompanhava também eram falsas.

"Inúmeras pessoas têm tentado obter vantagens e oferecem letras falsas, supostamente emitidas na década de 70, com prazo superior a 365 dias, cujos vencimentos teriam sido repactuados para 2003 em diante, sendo que, em muitos casos, os títulos estão acompanhados de falsos Termos de Reestruturação e Revalidação", alerta Antonio de Padua. Ele informa ainda que esses casos de documentos falsos são enviados para serem investigados pela Polícia Federal. (OR)



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Gestão ineficiente do PT: PAC das Cidades Históricas encolhe


Gestão ineficiente do PT: PAC das Cidades Históricas anunciado com pompas pelo ex-presidente Lula nunca saiu do papel e já encolhe

Como algo que nunca existiu pode ficar ainda menor? Só mesmo a gestão ineficiente do PT é capaz de explicar essa proeza. É o que acaba de acontecer com o PAC das Cidades Históricas, programa que prometia ser a redenção para a preservação do patrimônio histórico, cultural e artístico brasileiro.
Lançado em 2009 pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em Ouro Preto, o PAC das Cidades Históricas teria um orçamento de R$ 7 bilhões e beneficiaria 143 cidades brasileiras. Destas, 20 em Minas Gerais.

Quatro anos depois, o governo federal nada fez para deslanchar o PAC das Cidades Históricas e agora, novamente, promete se mexer. Porém, com menos recursos (R$ 1,3 bilhão) e um número menor de cidades beneficiadas: 44.  

Em Minas Gerais, das 20 cidades embaladas pelo canto da sereia do PT, somente oito têm ações previstas: Congonhas, Diamantina, Ouro Preto, Mariana, Serro, Belo Horizonte, Sabará e São João Del Rei. Dos R$ 254 milhões prometidos para os municípios de Minas Gerais, agora se fala em pouco mais de R$ 60 milhões, valor 75% menor do que o original. E isso é o teto.  O provável é que o governo federal reveja este investimento. Para baixo, é claro...

E para piorar a situação, a previsão do governo federal é que os recursos do PAC das Cidades Históricas sejam totalmente aplicados somente em 2015. Resumindo, o PT jogará para a próxima legislatura uma promessa ainda do ex-presidente Lula.

A realidade dos bens tombados no Brasil é de calamidade. Em várias cidades, por falta de recursos igrejas, casarios e prédios históricos ameaçam desmoronar literalmente. São casos como os da Estação Ferroviária de Santa Luzia, a Capela de Santo Antônio, em Sabará e a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, em Ouro Preto.

Esta é a contribuição dada à memória de Minas Gerais e do Brasil pela gestão ineficiente do PT.

Escândalo: Gastos do PT com veículos supera o de três ministérios


Escândalo: Gastos do PT com veículos supera a soma dos orçamentos dos ministérios do Meio Ambiente, Turismo e Cultura em 2012

O Brasil tem a maior floresta tropical do mundo e responde por 12% das reservas de água doce disponíveis em todo o planeta; está se preparando para sediar nos próximos anos as duas maiores competições esportivas do mundo (Copa de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016) e que atraem milhões de turistas, além de concentrar o maior e mais diverso acervo de patrimônios culturais materiais e imateriais da América Latina.

Tudo isto seria mais do que suficiente para que o governo federal se dedicasse a empenhar um grande volume de recursos nos ministérios de Meio Ambiente, Turismo e Cultura. Só que isso não foi o que aconteceu em 2012. Levantamento da organização não governamental Contas Abertas traz a tona um escândalo: o gasto do Governo Dilma Rousseff com compra e manutenção de veículos foi superior ao total de recursos que destinou aos três ministérios citados.

De acordo com o Contas Abertas, o governo petista gastou R$ 5,1 bilhões em aquisição e manutenção de veículos oficiais no ano passado. Por outro lado, somando todos os gastos (custeio, manutenção de programas estruturantes e novos investimentos) dos ministérios da Cultura, Meio Ambiente e Turismo não passou de R$ 4,9 bilhões em 2012.

O valor gasto pelo Governo Dilma Rousseff foi três vezes maior do que em 2011. As despesas incluem acessórios, combustíveis, impostos, pedágios, aluguel e até serviços de estacionamento.
Além desta distorção de prioridades, o levantamento do Contas Abertas mostra que 55% destes elevadíssimos gastos com veículos se refere ao Ministério da Defesa e não a suporte para ações sociais. Foram R$ 2,8 bilhões, onze vezes mais do que em 2011, quando aplicou R$ 252 milhões.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Eleição no Senado e a omissão dos fatos

Fonte: Jogo do Poder


Eleição no Senado: Quando o bairrismo e a informação tendenciosa distorcem fatos. Para bater em adversário vale até omitir a verdade.


A eleição para a presidência do Senado apresentou um fato bem pitoresco em relação à informação jornalístisca e a realidade dos fatos. Os internautas de plantão assistiram na última sexta-feira a um episódio antológico na rede: na linha do inimigo do meu inimigo é meu amigo o site petista Brasil 247 reproduziu um texto do serrista Reinaldo Azevedo. Em comum: o ataque dos dois ao senador Aécio Neves.

O pretexto do ataque foi o fato de o senador mineiro não ter discursado sobre a eleição no plenário do Senado a favor da candidatura de Pedro Taques.
Para fazer a critica, fecharam os olhos à informação já então de conhecimento de vários jornalistas que o PSDB em reunião de bancada havia decidido que apenas o líder do partido Álvaro Dias, no último dia no cargo, falaria pelo partido. Foi uma forma de homenagear o líder e demonstrar que era aquela a posição oficial do partido. E, por isso, nenhum outro nome do partido discursou sobre a eleição.
Ao fazer isso, tentaram  desviar o foco da atuação de Aécio em favor de Taques, seja junto à bancada, seja nas diversas vezes em que manifestou publicamente a sua opinião.

Nesses espaços, o senador Aécio Neves nunca vai ter vez: vai apanhar independente do que faz. E quando não der para bater no que ele faz é simples: é só fingir que ele não fez.