quinta-feira, 29 de março de 2012

Jean Wyllys: governo Dilma é covarde e negligencia minorias

FONTE: Terra






MARINA NOVAES Direto de São Paulo

O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) disse, em entrevista ao Terra na noite de quarta-feira, que a presidente Dilma Rousseff tem negligenciado as minorias e deixado de lado a dicussão de projetos que ampliem os direitos da comunidade gay por medo da "chantagem" feita pela bancada conservadora da Câmara Federal sobre o governo.

"O governo Dilma é covarde no que diz respeito aos direitos humanos de minorias. É covarde porque eu acho que o PT tem bancada e tem poder para não se deixar acuar pelo tipo de chantagem da bancada conservadora, e entretanto ele recua muito fácil, toda vez que é confrontado", afirmou. "As minorias estão negligenciadas por esse governo", completou o deputado.

De acordo com o parlamentar, que participou de um debate na capital paulista sobre os gays na visão da imprensa, o governo tem sido "covarde" quando confrontado com outras questões polêmicas, como a questão da descriminalização do aborto, por exemplo. "O PT não quer o ônus de assumir essas posições", afirmou.

Na avaliação de Wyllys, que comanda a Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), Dilma tem sido "eficaz" no combate à corrupção e na condução de políticas econômicas para o Brasil, mas decepciona ao abandonar bandeiras históricas do PT para evitar enfrentamento com a bancada religiosa da Câmara e, assim, evitar derrotas em votações que interessam ao Planalto.

Apesar do "recuo" conservador no Executivo, Wyllys disse acreditar que, nas eleições de 2012, o número de candidatos que levantam as bandeiras homossexuais deve aumentar consideravelmente em relação aos pleitos anteriores, "um pouco por conta da minha chegada ao Congresso", considera. Ele, porém, alerta os eleitores para que fiquem de olho nos partidos e nas propostas dos candidatos. "O fato de ele ser gay por si só não basta", disse.

"Nós temos um aumento de candidatos LGBT nessa eleição, mas se você for olhar, a grande maioria está ligada a partidos conservadores que, em âmbito nacional, trabalham contra a cidadania LBGT. É interessante para esses partidos lançar candidatos gays, porque eles rendem votos", argumentou. "É importante que os gays tenham um pouco mais de educação política."

segunda-feira, 26 de março de 2012

Dilma repete Lula e beneficia prefeitos do PT com verbas

Seis das dez cidades do país que mais receberam recursos desde a posse da presidente são chefiadas por petistas Cidade do ex-presidente Lula, São Bernardo é campeã em repasses para obras; redutos tucanos são preteridos Publicado na Folha de S.Paulo - 25-06-12 Nos seus primeiros 15 meses, o governo Dilma Rousseff repetiu o modelo adotado pelo ex-presidente Lula e privilegiou prefeituras do PT na partilha de recursos federais, com destaque para São Bernardo do Campo, berço político do antecessor. Levantamento feito nas 81 maiores cidades do país (mais de 200 mil eleitores) mostra que das 10 que mais receberam recursos de Dilma desde janeiro de 2011, 6 são governadas pelo PT. Outras quatro são chefiadas por aliados (PMDB, PP e PDT). Cidade onde mora o ex-presidente, São Bernardo desponta no ranking. Desde janeiro do ano passado, foram transferidos R$ 52,4 milhões, o equivalente a R$ 93 por eleitor. O prefeito Luiz Marinho (PT), candidato à reeleição, é hoje um dos principais interlocutores de Lula e o favorito do ex-presidente para ser o candidato do PT ao governo de São Paulo em 2014. 'AMIGO DO REI' "Ser amigo do Lula ajuda, mas, se não tiver bons projetos, pode ser amigo até do papa que não vai andar", diz Marinho. "Quando assumimos, a cidade estava há seis anos parada." As verbas que chegaram aos municípios foram repassadas por meio de convênios entre os prefeitos e a União. Neste ano, estes convênios só poderão ser firmados até abril por restrição eleitoral. Os repasses seguem uma escalada de crescimento nos últimos anos. Em 2010, foram R$ 79,2 por eleitor, sendo que nos dois anos anteriores não havia atingido R$ 10. O dinheiro é destinado a obras, como a construção do Hospital de Clínicas, projetos habitacionais, além de praças e quadras esportivas. Além de São Bernardo, estão entre as campeãs de verba Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Betim (MG), Petrópolis (RJ) e Carapicuíba (SP), todas chefiadas pelo PT. São Paulo, a maior cidade do país, faturou R$ 0,62 por eleitor. O Rio, mesmo com os eventos que vai sediar nos próximos anos, como a Copa e a Olimpíada, levou o equivalente a R$ 5,72. "O PT é um partido que propaga a política ideal quando é oposição e pratica, mais do que ninguém, a política real quando é governo", diz Rubens Figueiredo, cientista político pela USP. "Isso vale para divisão de verbas, alianças políticas, tudo." No pé da tabela, estão cidades como São José dos Campos (SP), reduto tucano com mais de 400 mil eleitores. Desde 2011, recebeu cerca de R$ 500 mil (R$ 0,32 por eleitor) para obras no museu da igreja de São Benedito. O prefeito Eduardo Cury (PSDB) reclama da demora no repasse. "Parar tudo e esperar pela verba sairia mais caro, então fizemos com recursos próprios", diz. "Não tiramos a placa do governo federal, com medo de que os recursos não viessem. Agora, argumentam que a obra já acabou e que talvez não possam nos pagar", completa. O tucano diz que mantém uma equipe de técnicos para elaborar projetos e que vai a Brasília com frequência para entregar propostas: "De dez projetos que protocolamos, um é comtemplado".

quinta-feira, 22 de março de 2012

Rogério Correia requenta o passado para não enfrentar o presente


Rogério Correa
Por Alberto Lage

gestão exemplar em Minas Gerais, a identificação como herdeiro político de ninguém menos que Tancredo Neves e o perfil conciliador deram a Aécio Neves uma popularidade imensa entre os mineiros e grande aceitação por todo o Brasil. Alguns políticos, mais interessados em seus projetos pessoais, chegam a desenvolver certa obsessão pelo senador Aécio. Certos casos podem ser cômicos, mas também tristes, por mostrarem um comportamento abominável na política brasileira: não conseguindo criticar suas ideias, ligam uma fantástica máquina de distorção de fatos e produção de mentiras e factóides contra Aécio e sua família, em especial a irmã, Andréa Neves.

Entre as mentiras que mais insistem em associar a Aécio Neves está a de que a Rádio Arco Íris, da qual o senador é sócio, teria sido beneficiada com recursos de publicidade durante seu período como governador de Minas. Muito pelo contrário: no governo de Aécio houve uma divisão justa e exemplar de inserções em rádio, até então inédita em Minas Gerais: todas as mais de 300 rádios mineiras, até mesmo a de propriedade de certo deputado de oposição, recebem o mesmo tanto de inserções comerciais do governo mineiro.

Três deputados de oposição sabiam disso, mas, ávidos por exposição na mídia, apresentaram uma denúncia ao Ministério Público, solicitando investigação da relação entre o governo de Minas e a Rádio Arco Íris. O governo mineiro prestou todos os esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público. Não foi constatada nenhuma irregularidade e a investigação foi arquivada.

Enquanto isso, já rodava a máquina de mentiras: alegavam que a participação do senador como sócio na rádio, que está de acordo com a legislação, era ilegal. Queriam convencer a população de que Aécio não revelava sua participação como sócio da emissora, que pertence a sua família há mais de quinze anos. Como se fosse possível esconder uma rádio! O senador é sócio da rádio desde dezembro de 2010, depois que deixou o governo, e o documento que prova isso é público e está registrado na Junta Comercial do Estado. Aliás, ele podia ser sócio desde sempre, porque nada impede isso. Queriam até associar a participação na Rádio Arco Íris à apreensão da carteira de habilitação vencida do Aécio!

Não satisfeitos em atacarem Aécio, partiram com a máquina de mentiras para cima de Andréa Neves. A irmã de Aécio, jornalista, exímia comunicadora, faz parte do Grupo Técnico de Comunicação do governo de Minas, um órgão consultivo, que dá conselhos, mas não mexe com dinheiro ou sequer escolhe destinação de verbas de publicidade. Na versão processada pela fábrica de mentiras, o Grupo Técnico ganhou um nome bonito e virou “Núcleo Gestor de Comunicação Social do Governo”. Não existe esse tal núcleo gestor, e esse nome é mais uma das tentativas de enganar o cidadão, dando a ideia de que esse grupo seria responsável por gestão de alguma coisa. Não é.

Repare que, para confundir, eles não chamam a rádio pelo nome comercial pelo qual é conhecida, Rádio Jovem Pan. Usam a razão social para dar uma ideia de radio fantasma…

A participação de Aécio como sócio da rádio é legal. A história de que a distribuição de inserções de publicitárias beneficiavam a Arco Íris/Jovem Pan é mentirosa. A investigação foi feita e arquivada porque não tinha nada de errado.

O engraçado é que, meses depois de o caso ser arquivado, quando um dos autores da ação, o deputado estadual Rogério Correia, se vê envolvido em denúncias graves – que o levaram a figurar na lista dos corruptos da Veja – e sem ter como se explicar, ele resolve apresentar, de novo, as mesmas velhas denúncias que já haviam sido arquivadas. Só pode ser para confundir ou se vingar do PSDB, que pediu a investigação do caso.

Pelo visto vai ficar fazendo isso pelos próximos anos.

Na verdade, a insistência dos deputados do PT nesse tema é a prova da correção do senador Aécio. Depois de oito anos de governo, deputados obcecados com a desconstrução pessoal do senador não conseguiram encontrar nada que pudesse, de verdade, macular a sua vida pública.

E, como perguntar não ofende, e os ministros do Lula e da Dilma que têm emissoras de rádios e TV? O nobre parlamentar já pediu para averiguar se lá no governo federal os investimentos são pautados por critério técnicos e igualitários como aqui em Minas?

É, a obsessão deles por Aécio continua forte.

É, senador, só Freud pra explicar…

terça-feira, 20 de março de 2012

"Rede de Escandalos" - Rogerio Correia está na rede social de corruptos da Veja




         
                                           Perfil de Rogério Correia na Rede de Escândalos

Veja investe em "rede social dos corruptos" para relembrar fatos da política nacional

Criada no dia 15 de dezembro de 2011, a ‘Rede de Escândalos’ é mais que uma simples seção, que reúne assuntos de um determinado tema ou editoria, da Veja.com. A página divulga matérias de supostos esquemas de irregularidades desde o governo de José Sarney, passando pelo impeachment de Fernando Collor até chegar ao desenrolar das notícias envolvendo ministros de Dilma Rousseff.

Ao passar pelos três meses de “experiência”, o site que entrou no ar exatamente no Dia Mundial de Combate à Corrupção segue com link disponível na Veja.com. Quem acessa o site, produzido ao estilo “time line” do Facebook, vai ao encontro de cerca de 300 personagens – a maioria ligada a partidos políticos – e mais de 60 casos de “escândalos”. “Dossiê Cayman” (1998) e “Mensalão” (2005) estão na lista.

Na seleção de personagens de todos os episódios da política nacional que foram publicados na ‘Rede de Escândalos’, está o jornalista Amaury Ribeiro Júnior. Em seu perfil no site criado pela equipe da Veja, o profissional é definido como “um dos primeiros integrantes do grupo escalado pela campanha petista para bisbilhotar familiares e amigos do tucano José Serra”. A página também lembra que o livro de Ribeiro Jr., A Privataria Tucana, foi composto em parte por conteúdo que já constava na internet.

Para unir as informações dos suspeitos e detalhar os casos, indo do surgimento da história e chegando aos últimos acontecimentos – noticiar, por exemplo, se teve alguém considerado culpado pela Justiça, se o processo em questão ainda está aguardando julgamento-, os editores da ‘Rede de Escândalo’, Carolina Farina e Daniel Jelin, têm como base o arquivo digital da própria Veja, mas também contam com os documentos disponibilizados por tribunais e de contatos com fontes das pessoas envolvidas com as histórias.

Lobista da Lista de Furnas é preso novamente por ameaças




 Monteiro é preso por ameaçar testemunhas
O lobista Nilton Monteiro foi preso novamente na tarde de ontem, em Jaboticatubas, região metropolitana da capital. De acordo com o mandado de prisão preventiva emitido pela 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Nilton estava ameaçando testemunhas e dificultando as investigações.O lobista, que havia sido solto há três semanas, foi preso pela primeira vez em outubro. 
De acordo com a Polícia Civil, ele é acusado de fraudar documentos e notas promissórias para tentar extorquir diversos políticos e empresários.Monteiro também é apontado como um dos autores da chamada Lista de Furnas, documento com nomes de 156 políticos que teriam recebido recursos da estatal para a campanha eleitoral tucana de 2002. De acordo com a polícia, os equipamentos que Nilton usava para falsificar as promissórias podem ser os mesmos que forjaram a lista.

O Tempo

sexta-feira, 16 de março de 2012

Propaganda de creches do Governo do PT é uma farsa confirmada pelo próprio ministro da Educação

O descaso e a falta de compromisso do Governo Federal do PT – que fala em metas, mas na prática não as cumpre – foram confirmados nesta quarta-feira (14/03) pelo próprio ministro da Educação, Aloizio Mercadante. No último dia 5 de março, o Bloco Transparência e Resultado denunciou a irresponsabilidade do MEC em divulgar números de creches construídas pelo programa ProInfância que nunca existiram.
No início deste mês Mercadante anunciou que 633 creches haviam sido entregues pelo governo, mas reportagem do jornal O Globo mostrou que, na verdade, as unidades de fato concluídas eram menos da metade do que a propaganda petista alardeava. Nesta semana, o ministro admitiu que o MEC inflou os números e que somente 292 creches do ProInfância estão em funcionamento, conforme novamente noticiou o jornal O Globo.
Leia matéria completa no Minas Transparente

Ala insatisfeita com Planalto intensifica crítica à ação de Ideli

A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) passou a ser o alvo de setores da base aliada descontentes com o Palácio do Planalto, informa reportagem de Simone Iglesias, Maria Clara Cabral e Gabriela Guerreiro, publicada naFolha desta sexta-feira .
Senadores e deputados, principalmente do PT e do PMDB, criticam o estilo "truculento" e "intransigente", por querer, segundo eles, impor vontades do governo sem permitir o diálogo.
Alan Marques - 28.jun.11/Folhapress
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti
O governo vive uma crise com a base aliada desde a semana passada, quando o plenário do Senado rejeitou a recondução de Bernardo Figueiredo para a diretoria-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que era defendida pelo Planalto.
Na quarta-feira, em mais um episódio da crise com a base, a bancada do PR rompeu com o governo e passou a integrar a oposição no Senado.
O partido ficou irritado com a decisão da presidente Dilma Rousseff de manter Paulo Sérgio Passos como ministro dos Transportes --cargo que antes era ocupado pelo senador Alfredo Nascimento (PR-AM).

STJ mantém decisão que condenou Delúbio, ex-tesoureiro do PT


A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta quinta-feira recurso do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares (foto acima) contra condenação, por improbidade administrativa, no Tribunal de Justiça de Goiás, em maio de 2010. Ainda cabe recurso.
Delúbio foi condenado por ter recebido, por 16 anos, salário de professor da rede pública de Goiás, enquanto exercia atividades sindicais em São Paulo. De acordo com o processo, os atestados de frequência de Delúbio eram assinados por colegas, quando ele já estava licenciado do trabalho para exercer atividade sindical em São Paulo.
O petista é um dos 38 réus do mensalão, ação penal que trata do suposto esquema de compra de apoio político de parlamentares durante o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O caso está no Supremo Tribunal Federal (STF) e tem julgamento previsto para este ano. 

A farsa das UPPs amplia a conta da mentira

Acrescento à interminável lista de compromissos lulodilmistas sem o menor compromisso com a veracidade e a boa-fé, produzida em palanque por gritos roufenhos (Lula) e garranchos verbais (Dilma), o cínico anúncio, feito hoje pelo Ministério da Justiça, de que a promessa de instalar 2.883 UPPs em todo o país, constante do PAC 2, era conta de mentiroso.
Perdão, não quero ser injusto com os bons mentirosos — que sempre mentem com alguma lógica, um fundinho de verdade. Os do lulopetismo estão abaixo da linha do embuste mais grosseiro.
Quer dizer que 2.883 UPPs (de onde tiraram esse número vulgar, nada cabalístico?) eram “um cálculo superdimensionado”, no dizer do Ministério da Justiça?
Então serão quantas Unidades Pacificadoras? 2.000? 1.500? 500? Nonada. Nenhuma! O plano foi todo engavetado. Não haveria polícia suficiente nem se as unidades fossem de Lego. Nenhum centavo, da verba supostamente comprometida para o falso projeto, foi empenhado na fantasia.
Está decidido: UPPs só mesmo nos morros de Cabral e no arquivo morto do cérebro baldio de Dilma, onde as melífluas unidades devem estar pacificando as crianças das 6.500 creches que ela inventou para produzir gênios e milionários.
Nas creches de Dilma, não há fraldas – só fraudes. E destaque-se uma justiça poética: chupeta em inglês é “pacifier”, pacificadora.

Fonte: Revista VEJA
CELSO ARNALDO ARAÚJO

quinta-feira, 15 de março de 2012

Estados da base do Governo Federal do PT recebem o dobro de repasses do que os estados da oposição

Mais uma vez o Governo Federal do PT dá provas de que interesses partidários estão acima do federalismo e dos princípios norteadores de uma gestão democrática. Em 2011, a União transferiu para os estados governados por partidos da sua base aliada mais do que o dobro dos recursos destinados aos demais estados. Na ponta do lápis, a verba per capita enviada para os estados da situação foi 117,9% superior à liberada para governos do PSDB, como é o caso de Minas Gerais.
O levantamento dos repasses federais foi feito pelo jornal Hoje em Dia e divulgado no último dia 11/03. De acordo com a reportagem, os governos da base receberam, no ano de 2011, em média, R$ 712,15 em recursos federais por habitante, enquanto governos de estados chefiados por partidos de oposição receberam apenas R$ 326,75 por pessoa.
É uma vergonha o Governo Federal se amparar numa gestão na qual estados aliados são privilegiados. Esta é uma postura que o deputado Rômulo Viegas (PSDB) classifica como ditadura partidária. “Infelizmente o que estamos vendo por parte do Governo Federal do PT é um aparelhamento expressivo da máquina estatal. Lamentamos essa divisão nada democrática com os estados e municípios da federação”, afirmou o parlamentar que também é vice-líder do Bloco Transparência e Resultado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).


segunda-feira, 12 de março de 2012

Destaque na imprensa: Estados aliados são privilegiados e recebem o dobro de verba

União transferiu 117,9% mais recursos por habitante para governos comandados por partidos da base em 2011

Abrir o cofre do governo federal e liberar as emendas parlamentares pode não ser a melhor estratégia escolhida pela presidente Dilma Rousseff para acalmar os ânimos dos partidos aliados. A iniciativa pode expor uma situação considerada preocupante pelas bancadas federais: a relevante diferença nos repasses de verbas para os estados governados pela base.

Levantamento feito pelo Hoje em Dia com base nos dados do Portal da Transparência aponta que os governos da base receberam, no ano de 2011, em média, R$ 712,15 em recursos federais por habitante, enquanto governos de estados chefiados por partidos de oposição receberam apenas R$ 326,75 por pessoa. Ou seja, estados governados por PSDB e DEM tiveram um repasse per capita 117,9% menor que o dos outros estados. Dos seis que mais receberam repasses, quatro são governados por aliados da presidente Dilma Rousseff. Dos seis que menos receberam, cinco são chefiados pela oposição.

Levando em conta a média de habitantes dos estados, a diferença entre o volume de repasses é gritante em alguns casos. Enquanto o governo do Acre, do petista Tião Viana, chegou a receber R$ 3.217,25 por habitante, Minas recebeu apenas R$ 358,77. No fim da lista estão os estados de Santa Catarina (R$ 344,86) e São Paulo (R$ 223,20).

Em volume financeiro, os governos de estados comandados por aliados, que contemplam uma população de 91,5 milhões de pessoas, segundo Censo 2010 do IBGE, recebeu um total em repasses de R$ 65.158.989.814,74.

Já os estados governados por tucanos e democratas, que possuem um total de 99,3 milhões de habitantes, foram contemplados com R$ 32.443.405.186,51.

A preferência por governos de estados comandados por aliados é mais clara nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Na primeira, o Espírito Santo, governado por Renato Casagrande (PSB), recebeu em média R$ 807,23 por habitante, e o Rio de Janeiro, comandado por Sérgio Cabral (PMDB), faturou R$ 671,40 per capita. Já os governos de tucanos – Minas Gerais e São Paulo – receberam menos de R$ 300,00 por habitante.

No Centro-Oeste, os dois governos estaduais nas mãos de aliados – Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – e o Distrito Federal, governado por um petista, receberam, em média, mais do que Goiás, governado por Marconi Perillo (PSDB). No Norte, dos três governadores que apoiam a presidente Dilma, dois estão no topo da lista.

No Nordeste, região onde o PT e o PSB têm mais apelo eleitoral, os repasses são mais equilibrados. Embora Sergipe, do petista Marcelo Deda, lidere a lista de governos contemplados, na média, é a oposição que recebeu mais recursos por habitante.

A situação é semelhante no Sul, onde o Paraná, governado pelo tucano Beto Richa, contou com mais repasses que o Rio Grande do Sul, do petista Tarso Genro.

quarta-feira, 7 de março de 2012

PIB despenca no 1º ano de governo Dilma; para deputados, desempenho poderia ter sido melhor

"Agora é oficial: o PIB brasileiro despencou em 2011. Segundo resultado divulgado há pouco pelo IBGE, a economia do país cresceu apenas 2,7% no primeiro ano. Dilma assumiu prometendo 5%, mas passou longe, muito longe, da meta. O PIB per capita cresceu apenas 1,8% no ano. Em ambos os casos, excetuando-se a recessão registrada em 2009, trata-se da pior marca desde 2003. Vale lembrar que, em 2010, a expansão da economia brasileira atingira 7,5% e a do PIB per capita, 6,5%." A análise do Instituto Teotonio Vilela, órgão de estudos políticos do PSDB, deixa evidente a pisada do freio do país ano passado. Nesta manhã, via Twitter, deputados do PSDB repercutiram os dados.

Para Eduardo Azeredo (PSDB/MG), o resultado poderia ser bem melhor. "México, Colômbia, Peru, Argentina, Uruguai, Índia e China cresceram bem mais! Faltam decisão e ação", destacou o tucano. "2,7% foi o crescimento do PIB no Brasil. Discurso do governo que não combina com a realidade. País andando para trás", apontou Vanderlei Macris (PSDB/SP) pelo microblog.

Na Carta de Mobilização Política intitulada "Pibinho", o ITV avalia que entre os fatores prejudiciais ao crescimento brasileiro está a fraqueza da indústria nacional. O setor fechou 2011 com expansão de apenas 1,6% - tendo registrado queda de 0,5% no último trimestre do ano - e o segmento de transformação simplesmente não cresceu no ano passado. "Com a oficialização dos resultados, o Brasil retoma seu lugar entre os países que menos crescem no mundo. Usando como base as previsões da Cepal, apenas El Salvador, com 1,4% de expansão, e Cuba, com 2,5%, serão superados por nós no continente, enquanto Panamá, Argentina e Equador estarão na outra ponta, com crescimento ao redor de 9%", diz o texto do instituto.

Ainda segundo a análise, o resultado do PIB de 2011 indica que foram bem sucedidas as medidas monetárias e financeiras para esfriar a economia e domar a inflação, que escalara desde o último ano da gestão Lula. "A dose, porém, parece ter sido letal e agora ameaça deixar o país na UTI por mais tempo que o esperado. Não se enxerga nas medidas tomadas pelo governo Dilma Rousseff alguma saída à vista", alerta o ITV.

sexta-feira, 2 de março de 2012

"Regime maldito", artigo do ex-senador Arthur Virgílio

Virgílio: apesar do PT, Brasil é uma democracia

O Irã do tresloucado Ahmadinejad, títere dos aiatolás, considera adúltera a viúva que abre seu coração para um novo amor. E condena-a à morte por apedrejamento.

Agora mesmo aplicou a pena capital a Youssef Nadarkhanim, que se converteu ao cristianismo, horrorizando as sociedades democráticas do mundo inteiro.

Espero, aliás, que a Presidente Dilma Rousseff condene firmemente mais esse ato de barbárie da ditadura iraniana. Até para limpar um pouco sua imagem, arranhada com a recusa de dialogar com lideranças dissidentes cubanas e com a blogueira Yoani Sánchez, que não consegue sair, temporariamente que seja, da ilha-presídio.

Nenhum país civilizado pune com a prisão o adultério. No Irã, até o que adultério não é custa a vida das mulheres.

Nenhum país democrático pode conformar-se com o assassinato, pelo Estado, de alguém que nada mais fez que abraçar sua fé religiosa. No Irã do fanatismo, Youssef será enforcado, a menos que a comunidade internacional se levante e constranja os intolerantes a recuar do intento bestial.

O Brasil, apesar do PT, que sequer pretendia jurar a Constituição de 1988, é uma democracia. Suas instituições funcionam, com defeitos e qualidades. A imprensa pode denunciar corrupção e derrubar Ministros corruptos.

Paradoxalmente, porém, Lula se especializou em cortejar ditadores e ditaduras pelo mundo afora, seja por afeição ao autoritarismo, seja atrás da tal vaga impossível no Conselho de Segurança da ONU.

Um dos regimes de força que mais apoiou foi precisamente o do Irã, chegando a protagonizar a cena ridícula de, junto com a Turquia, se dispor a resolver a crise gerada pela insistência daquele país em construir armas atômicas para atacar Israel.

Mais que "mico", foi um "King-Kong". Bravata que se desfez em poucos momentos.

Vale ressaltar a falta de sensibilidade para com a questão dos Direitos Humanos. Em Cuba, gargalhadas ao lado dos irmãos Fidel e Raul Castro, que carregam dezenas de milhares de mortes nas costas, no dia em que morria um dissidente, após longa greve de fome.

Idem: o repatriamento dos boxeadores Erislandy Lara e Gillermo Rigondeaux, que foram metidos em avião venezuelano, mais ou menos como a polícia de Felinto Muller fez com a grávida Olga Benario Prestes.

Desfiles em carro aberto com o tiranete genocida do Sudão, afagos e mais afagos a Hugo Chávez, cumplicidade com os arroubos anti-Brasil do autoritário Evo Morales.

Frouxidão diante de prejuízos causados a uma empresa brasileira por Rafael Correa, do Equador. Declarações de amizade e "irmandade" ao sátrapa Khadafi.

Folclórica declaração conjunta com o cruel Assad, que ainda martiriza a Síria: "Israel deve abandonar Golan imediatamente". Nossa! Quando li isso, não sabia onde me enfiar, de tanta vergonha.

Daria para passar a noite listando gestos antilibertários adotados por um Presidente eleito em pleitos democráticos no Brasil. Dentro e fora do país, por sinal. Ou será que já nos esquecemos das tentativas, não de todo abandonadas, de controle da imprensa?

Do desejo insano de transformar o PT num partido quase único, de hegemonia incontrastável, a peso de suborno, demagogia e prepotência, tal como o PRI já foi no México?

O "companheiro" Ahmadinejad apedreja mulheres, enforca quem escolhe credo religioso diferente do professado pelos aiatolás e prepara uma guerra que, se realizada, poderá envolver países militarmente muito fortes de um lado e de outro.

O Brasil precisa ter vergonha na cara e se livrar de companhias assim o quanto antes.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Advogada de Rogério Correia defende lobista em 14 processos

Deputado afirma que consultora contratada por ele para assessorá-lo em projetos nunca advogou para Nilton Monteiro, acusado de forjar a Lista de Furnas. Site do TJ mostra o contrário

A advogada Carla de Moraes Firmino Santos – que recebeu do deputado Rogério Correia (PT) R$ 19.450 a título de consultoria jurídica ao longo de 2011 – assina 14 ações envolvendo o lobista Nilton Monteiro, atualmente em tramitação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Em nota divulgada nessa quarta-feira , o parlamentar diz que a advogada lhe informou que apenas assina as procurações por pertencer a um escritório de advogados associados e que em nenhum momento fez um acompanhamento processual ou atuou para Monteiro. Mas a informação não é verdadeira. Carla de Moraes pegou um dos processos que tramitam na 11ª Vara Criminal da capital em 1º de junho do ano passado e o devolveu cinco dias depois, conforme consulta no acompanhamento processual disponível no site do TJMG. 

Nilton Monteiro é suspeito de ser o falsificador da chamada Lista de Furnas, que reúne nomes de 12 partidos (PDT, PFL, PL, PMDB, PP, PPS, Prona, PRTB, PSB, PSC, PSDB e PTB) que teriam recebido R$ 39,6 milhões da estatal para custear gastos da campanha de 2002. Rogério Correia é suspeito de ter encomendado a listagem, divulgada em outubro de 2005 – acusação que ele já negou várias vezes e credita aos tucanos. 

Em reportagem publicada nessa quarta-feira, o Estado de Minas mostrou que Rogério Correia pagou os R$ 19.450 a Carla de Moraes em quatro parcelas, sempre com a justificativa de consultoria jurídica – um dos itens permitidos para gasto da verba indenizatória. Os pagamentos foram feitos em abril (R$ 4.450) e em parcelas de R$ 5 mil nos meses de junho, julho e agosto. 

Carla de Moraes assina também a ação que o lobista é acusado de ter forjado a lista e alega em que seu nome consta na defesa por trabalhar no mesmo escritório do profissional responsável pela defesa, Willian Santos, que também é advogado do PT. Monteiro foi preso em 20 de outubro e libertado na semana passada.