quinta-feira, 31 de maio de 2012

660 dias: uma carta de Anastasia sem resposta, à espera de uma nova tragédia



Há quase dois anos e depois de centenas de mortes, o governador de Minas cobrava do Governo Lula uma solução para o Anel Rodoviária de BH. Resposta: descaso e irregularidades.

Precisamos de mais uma tragédia no Anel Rodoviário de Belo Horizonte nos próximos dias.
A afirmação pode soar mórbida, irresponsável e insana, mas se tratando da falta de compromisso do governo federal com a vida dos brasileiros, ela se torna totalmente racional.
O jornal Hoje em Dia trouxe, na edição desta quarta-feira, reportagem mostrando que o governo do PT se atola em desculpas para justificar o seu completo descaso com a carnificina que o Anel Rodoviário de Belo Horizonte tem provocado por sua falta de obras de melhorias e modernização em seu traçado.
Dos R$ 282,38 milhões que o governo federal disse que investiria no Anel Rodoviário de Belo Horizonte em 2011 e 2012, cada realzinho permanece intacto nos cofres da União porque o total liberado até agora é ZERO.


Enquanto outro desastre não acontece para que a mídia venha novamente com seus infográficos, debates e cobranças por solução (sãos as mesmas, pois nada muda tragédia após tragédia), aproveitamos para rememorar uma sequência de mortes, denúncias e desrespeito do governo federal acontecida em meados de 2010.

No dia 21 de maio daquele ano, as imagens do acidente no Anel que matava três pessoas – entre elas, uma mulher grávida – chocavam o Brasil. Menos de um mês depois, no dia 19 de junho, o Tribunal de Contas da União (TCU) trazia a público suspeitas de irregularidades em projetos do governo federal para obras de melhoria no Anel Rodoviário que poderiam gerar um prejuízo de R$ 300 milhões aos cofres públicos.

Já no início de agosto, em dois acidentes no Anel, 25 pessoas ficaram feridas. Foi a gota d’água para o governador Antonio Anastasia, cansado do descaso do governo federal com a vida das dezenas de mineiros mortos naquela rodovia.
No dia 20 daquele mês, Anastasia enviou a Brasília um documento implorando para que a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se sensibilizasse e autorizasse o Governo de Minas a executar as obras no Anel.

É bom lembrar que, assim como em qualquer estrada sob a responsabilidade da União, como é o caso do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, os governos estaduais são proibidos, por lei, de realizarem qualquer obra. E assim, nós mineiros seguimos de mãos atadas mesmo assistindo ao absurdo de tanto sangue derramado nestes 27 quilômetros de rodovia federal que deveria sensibilizar o PT.
Hoje, 660 dias após o governador Antonio Anastasia oficializar o pedido junto ao governo do PT para que este (incompetência à parte) deixasse que o Estado executasse as obras do Anel Rodoviário de BH, o quadro é o seguinte: o Ministério dos Transportes sequer tem uma data prevista para autorizar o convênio com o Governo de Minas!!!
Já se foi o tempo em que a tragédia humana era capaz de sensibilizar um governo, por mais incompetente e corrupto que fosse...

Por que não falas, Lula?




Publicado em 30-05-12


No recente episódio envolvendo a tentativa de chantagear o Supremo, a principal linha de defesa dos partidários de Luiz Inácio Lula da Silva tem sido tentar desacreditar o relato feito por Gilmar Mendes. Mas, enquanto o ex-presidente mantém-se mudo, o ministro do STF reitera o que diz, elevando, inclusive, o tom das revelações. Com atitudes assim, quem demonstra estar com a razão?

Nos últimos dias, Mendes falou à Veja; reiterou sua versão aos jornalistas que o procuraram no domingo, quando a revista começava a circular; voltou a falar com repórteres anteontem em Manaus e, ontem, deu uma entrevista coletiva de 19 minutos, além de atender jornais em separado. Não parece nem um pouco em dúvida de suas convicções.

"A gente está lidando com gângsteres. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos. (...) O objetivo era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido numa rede de corrupção", afirmou o ministro, quando foi abordado por repórteres ao se encaminhar para uma sessão da 2ª Turma do STF.

As palavras de Mendes fazem ou não sentido? Evidentemente. Desde que foi apanhado no escândalo do mensalão, o gigantesco esquema de desvio de dinheiro público para comprar apoio no Congresso, o PT bate na tecla de que age como os outros. Ou seja, tenta nivelar a todos por baixo. Exatamente como agora, ao buscar arrastar também o Supremo para a vala comum da escória.

Ao contrário do arrojo de Gilmar Mendes, o outrora palavroso ex-presidente limitou-se até agora a uma nota de 184 palavras emitida pelo instituto que leva seu nome. Microfones a seu dispor não faltam. Mas, por que, afinal, Lula não fala?

Se nada disse ao longo destes dias, o ex-presidente não se eximiu de sacar as armas de que dispõe: conclamar, por meio de Rui Falcão, a militância petista a resistir às "manobras" e, por intermédio de seus asseclas no Congresso, investir contra Mendes na CPI do Cachoeira, como mostra hoje a Folha de S.Paulo.

"Sem alarde, a CPI do Cachoeira requisitou ontem à Polícia Federal as transcrições de todos os diálogos envolvendo personagens com foro privilegiado captados nas operações Vegas e Monte Carlo. A iniciativa, subscrita pelos deputados Cândido Vaccarezza e Paulo Teixeira, é interpretada por integrantes da comissão como uma investida do PT para constranger Gilmar Mendes. (...) Petistas o elegeram como novo alvo das investigações."
Por que, afinal, Gilmar Mendes incomoda tanto os petistas? Porque a atitude do ministro do Supremo equivale a pôr o dedo numa ferida que está exposta em várias dimensões, momentos e situações, mas que, pela onipresença que vai tomando, às vezes começa a passar despercebida: o achincalhe perpetrado pelo PT, Lula à frente, às instituições da República.

Vale lembrar alguns episódios em que o então presidente tentou desacreditar órgãos de fiscalização e controle cuja função é zelar pelo bem público. Foi assim, por exemplo, com o Tribunal de Contas da União, com o Ministério Público e até com repartições ligadas à preservação do meio ambiente.

Sempre que se interpuseram no caminho de alguma vontade de Lula, foram alvo do escárnio do então presidente. O TCU foi acusado de retardar obras; o MP de proceder a investigações incômodas; os órgãos ambientais de zelar até por "bagres" em detrimento do interesse maior da marcha desenvolvimentista empreendida pelo PT.

Na realidade, o que estas instituições estavam fazendo, assim como o grito de Gilmar Mendes agora faz, é cuidar de impor algum freio ao desmesurado desejo de Lula e do PT de subverter toda a ordem constituída a seu inteiro favor.

Há mais uma penca de exemplos neste sentido: o uso de instituições públicas, como o BNDES, para beneficiar empresas amigas e, em contrapartida, arrancar-lhes gordas doações, como aconteceu em 2011; a montagem de uma rede de descarados propagandistas na internet, também alimentada por polpudos patrocínios públicos; os conluios com empresas favorecidas pelo PAC, como ficou evidente com a construtora Delta. E por aí vai.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Para Aécio, acusação contra Lula gera 'constrangimento'

Fonte: Folha de S. Paulo

Senador Aécio Neves: Declarações sobre Lula


NÁDIA GUERLENDA - Folha
DE BRASÍLIA

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quarta-feira (30) que a acusação de que o ex-presidente Lula teria tentado influenciar o julgamento do mensalão causa "constrangimento", especialmente para os aliados do petista.

"Eu tenho certeza absoluta que o STF vai julgar o caso do mensalão e outras demandas que lá cheguem com isenção, com valores, de forma técnica, como deve ser. Mas é um fato que gera constrangimentos, especialmente para os aliados do presidente", afirmou Aécio.

De acordo com reportagem da revista "Veja", em encontro ocorrido no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, Lula teria pedido ao ministro do STF Gilmar Mendes que atrasasse o julgamento do mensalão. Em troca, o ex-presidente teria prometido "blindar" o ministro na CPI que investiga Carlinhos Cachoeira.

RAIVA É UMA COISA, RANÇO TOTALITÁRIO É OUTRA

 
Bolívar Lamounier
29.05.2012

No Brasil, nem a camada social mais escolarizada tem muita clareza sobre o que foram os regimes totalitários do século 20. A maioria não se deteve no significado do conceito de totalitarismo.

Faço esta afirmação com a maior naturalidade, sem qualquer pretensão intelectualista e sem intenção de chocar ou causar surpresa. O Brasil, felizmente, não conheceu em toda a sua sinistra extensão a experiência totalitária. Esmagado militarmente, o nazifascismo terminou em 1945; e não descabe lembrar que os nossos jovens de 20 anos eram crianças de colo em 1992, quando a União Soviética desmoronou de vez.

Compreende-se, pois, que a maioria não tenha fixado bem o conceito e tampouco se toque emocionalmente quando o tema é discutido. Aos que se interessarem por ele, eu sugiro acompanhar com atenção certo discurso raivoso que surgiu esta semana nos meandros do petismo.

A tônica raivosa de tal discurso deve ser notada, mas não é o essencial. Hoje o blog ucho.info citou uma mensagem postada em seu microblog pelo deputado estadual Rogério Correa, do PT : Ei-la: “Se colocarem a mão no Lula, aposto em rebelião. Este golpe de vocês, Noblat, não tem o menor respaldo popular. Cuidado!”

A tentativa de intimidação contra o jornalista Ricardo Noblat é clara e ao mesmo tempo primária demais para merecer comentário. O que importa ressaltar é o ranço totalitário que a mensagem evidencia.

Para uma parte talvez majoritária do petismo, Lula não é um cidadão como os demais. Está acima das instituições e das leis. É intocável. O sistema de justiça e a imprensa nada têm de relevante a dizer ou a apurar sobre ele. A única instância relevante é, no caso, o partido, o PT, portanto, como diz o referido deputado, “não coloquem a mão nele”.

A questão não é o que Lula disse ou deixou de dizer, fez ou deixou de fazer. Contra o Führer, não cabe acusação alguma. Nada a apurar, aliás a ideia de apurar algo é em si inconcebível. O jornalista ou a autoridade que se atreve a cogitar isso coloca-se ipso facto na linha de tiro.

Portanto, “cuidado”, Sr jornalista, Sra autoridade. Lembre-se de que não estamos nem aí para as suas instituições ou para a sua ideia de ordem. Do ponto de vista totalitário, só existe a ordem ditada pelo Führer, e o partido está para ele como uma milícia está para seu chefe num país sem Estado.

(*) Emprego o termo Führer sem intenção de ofender: em alemão, é o exato equivalente de “leader” em inglês ou líder em português.

Greve dos professores já tem adesão em 45 universidades federais, segundo sindicato




Publicado no Diário do Comércio e Indústria


Professores de 45 universidades federais e dois institutos federais de educação profissional e tecnológica já aderiram à greve da categoria, segundo levantamento do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).

Nesta segunda-feira (28) o comando de greve tinha uma reunião de negociação marcada no Ministério do Planejamento, mas o encontro foi adiado pelo próprio governo. O sindicato diz que não recebeu nenhuma justificativa para o cancelamento da reunião. A assessoria de imprensa da pasta informou que o encontro foi apenas adiado por razões de "agenda" e será remarcado.

A paralisação teve início há 12 dias e a principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreiras. O sindicato defende que o atual modelo não permite uma evolução satisfatória do professor ao longo da profissão.

No ano passado, o governo fechou um acordo com a categoria que previa a revisão do plano de carreiras para 2013, além de um aumento de 4% a partir de março e a incorporação de gratificações. Os dois últimos pontos já foram concedidos, mas o novo plano continua pendente.

O Ministério da Educação (MEC) defende que a greve é “precipitada”, pois há prazo para que a negociação do novo plano seja concluída, já que o orçamento de 2013 só será fechado em 31 de agosto.
Na semana passada, o ministro Aloizio Mercadante fez um apelo para que os professores retomassem suas atividades e justificou o atraso nas negociações por causa da morte, em janeiro, do secretário executivo do Ministério do Planejamento, Duvanier Costa, que era responsável pela negociação salarial de todo o serviço público federal.

Governo não prevê integração de meios de transporte




Segundo especialistas, é preciso criar um corredor logístico. Estudo do Ipea estima que seria necessário investir R$ 125 bilhões por ano no setor


O maior erro do governo no setor de transportes é não fazer um planejamento para integrar todos os modais, criando uma espécie de corredor logístico, afirmam os especialistas ouvidos pelo GLOBO. 

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que sejam necessários investimentos de R$ 125 bilhões no país em portos, hidrovias, rodovias, ferrovias e aeroportos, o que representa cerca de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) por ano até 2016. Em 2010, o investimento foi de 0,4% do PIB.

— Temos que ver o transporte sob vários aspectos: sob o aspecto do transporte de passageiros e do transporte de cargas, transportes urbano, interurbano, estadual, interestadual e internacional. O Brasil tem problemas em praticamente todos esses setores — afirma Marco Caldas, coordenador do Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF).

A série “O Brasil que não viaja de avião”, que termina nesta quarta-feira, mostrou a precariedade das viagens de ônibus, barco nos rios da Amazônia e trem. Para Bruno Batista, diretor-executivo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), é preciso não só ampliar investimentos como melhorar o sistema de gestão do dinheiro:

— Queremos recursos aplicados em projetos que deem resultado mais rápido — afirma.
O mais recente Plano CNT de Logística, de 2011, indica 748 projetos de integração nacional considerados prioritários para modernizar a infraestrutura do país, num total de R$ 405 bilhões para, por exemplo, construção de ferrovias e melhorias em rodovias e hidrovias, além da ampliação dos aeroportos.

— É um erro do governo não olhar sistematicamente os vários modais. As agências reguladoras são segmentadas e desarticuladas — comenta Paulo Fleury, professor da UFRJ e diretor do Instituto Ilos.

— Não existe planejamento integrado de formação de corredor logístico. A curto prazo temos que tapar buracos e a longo prazo trabalhar para melhorar o quadro — concorda Paulo Tarso Vilela de Resende, coordenador do Núcleo CCR de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral.

OCDE: setor é chave para desenvolvimento

O professor da Fundação Vanzolini, Jorge Leal de Medeiros, acredita que o governo também precisa investir e melhorar a qualidade das rodoviárias no Brasil, além de incentivar a competição no setor:

— Há uma demanda que não está sendo corretamente atendida. Mas as perspectivas são boas. O crescimento da demanda, causada pela evolução da renda, deve gerar um aumento da pressão por mais investimentos.
Rodrigo Vilaça, presidente-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), afirma que a burocracia ainda dificulta o avanço do setor.

— Hoje, por exemplo, para se construir uma linha de trem é necessário negociar ao mesmo tempo com 22 órgãos. Isso dificulta e encarece investimentos.

Para o Fórum Internacional de Transportes, braço da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o investimento em transportes é um indicador do desenvolvimento de um país.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Censura em Minas: Deputado Rogério Correia do PT censura a internet!

Fonte: JPSDBMG

Deputado Rogerio Correia censura a internet

Deputado estadual pelo PT de Minas, Rogério Correia  recorreu à policia para processar um twitteiro   que faz criticas à sua atuação politica.

É inaceitável, mas é verdade.

O deputado que é conhecido pala agressividade que usa na internet  atacando de forma sistemática a honra de seus adversários   recorreu a polícia para tentar calar um critico, no caso o twitterio João Paulo Medrado.

Veja aqui alguns dos comentários que o deputado considerou ofensivos à sua honra:

 “Dilma desiste de privatização de confins e não vai liberar recursos pro metro de BHte. Oq. o PT –MG do dep. Rogeriocorreia diz sobre o assunto!”.
 

Ainda na denúncia que fez o deputado petista cita o que seria outra grave acusação:

“Maria-fro. Pessoas como você q. se unem a Helicosta – Rogério correia e Lucasfigueiredo p. atacar Minas n. tem minha consideração”

Ou esse outro comentário:

“O MST acaba de chegar na Pça da Liberdade. Gde. Festa popular. Ferrando o Transito. Vai trabalhar petista a toa”.

Esse outro comentário também foi listado entre os ofensivos à imaculada honra do deputado:

“O dep.Rogeriocorreia está comemorando a volta do Delúbio ao PT na Pça da Liberdade. Pode.”

Outras mensagem  remetem a atos amplamente divulgados pela imprensa como o fato do deputado  ter casa própria em Belo Horizonte e  ainda assim receber auxilio-moradia  e o fato dele ter sacado dinheiro no cartão corporativo da Delegacia Regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário, onde trabalhava.


A ação de deputado Rogério Correia contra o twitteiro gera perplexidade tanto pela tentativa autoritária de calar seus críticos, mas também por ser ele justamente um dos usuários do Twitter que tem no ataque à honra de seus adversários políticos a sua principal linha de ação.

O deputado já tentou censurar a imprensa:

No discurso, o deputado finge defender a liberdade de imprensa e de opinião, mas na prática defende a censura de todos que o criticam.

Há poucos meses, o deputado foi à justiça contra o jornal do Estado de Minas que publicou matérias revelando a relação do parlamentar com o falsário Nilton Monteiro, acusado de fraudar a chamada “Lista de Furnas” e papéis de cobrança de mais de 300 milhões de reais.

O jornal venceu na justiça todas as vezes que o mérito do assunto foi examinado.

E agora o que dizem os blogueiros progressistas?

A rede de blogueiros ligada ao PT que atua de forma organizada na rede diz ser contra toda tentativa de controle da internet.  Diz defender a absoluta liberdade de opinião. Qual a posição do grupo agora?

Defende o deputado petista, e assim, por coerência, defende todos os outros políticos que lançarem mão da polícia e da justiça contra seus críticos ou condena publicamente a iniciativa do deputado? Vamos aguardar!

PS: POR UMA MINAS SEM CENSURA, SEMPRE!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

PSDB quer que Lula explique “controle político” que diz ter sobre CPI do Cachoeira


O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Bruno Araújo (PE), disse estar estarrecido com as declarações do ex-presidente Lula de que teria o “controle político da CPI do Cachoeira” e que poderia oferecer “proteção” ao ministro Gilmar Mendes – lhe dizendo em encontro no escritório do ex-ministro Nelson Jobim que ele não precisaria se preocupar com as investigações em curso, em alusão a uma suposta viagem do ministro a Alemanha, acompanhado pelo senador Demóstenes e que teria sido custeada por Cachoeira (fato desmentido categoricamente por Mendes, que diz possuir documentos que comprovam o pagamento próprio de todas as despesas).

Ao mesmo tempo, Araújo afirma que “não é admissível que qualquer autoridade, especialmente um ex-presidente, tenha em seu poder informações fundamentais para as investigações e que, ao contrário de partilhá-las, faça uso político das mesmas utilizando-as inclusive para fazer ameaças veladas aos integrantes da mais alta corte do País. Esse tipo de intromissão no funcionamento do STF demonstra que Lula não tem a real dimensão do que representa a posição de um ex-presidente”.

“Nós já vínhamos denunciando a utilização político-partidária da CPI por parte de integrantes do PT e membros da base aliada do governo. Esse episódio apenas comprova algo que é notório”, ressaltou o deputado.

Segundo Araújo, está cada vez mais clara a estratégia do Governo de limitar as investigações ao governador Marconi Perillo, apesar da inequívoca ligação do grupo criminoso investigado com outros governadores, especialmente o petista Agnelo Queiroz (DF). “Essa não pode ser a CPI de um partido e muito menos de um ex-presidente contra seus opositores e nem pode ser usada para desviar o foco do julgamento do Mensalão. A declaração do Lula pode comprometer a lisura das investigações da CPI e expor seu resultado e todos os integrantes da comissão ao descrédito”, lamentou.

O encontro e o teor da conversa foram confirmados pelo ministro Gilmar Mendes, que afirmou ainda ter ficado “perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”. Mendes também relatou o encontro a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao advogado-geral da União. O ex-presidente avançou ainda mais: segundo Gilmar Mendes, Lula teria declarado que já estava atuando diretamente em contatos com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para influenciar no julgamento do Mensalão, por meio de encontros pessoais ou delegando a terceiros a função de ter conversas semelhantes com os integrantes da corte.

A assessoria técnica do PSDB na Câmara analisa se alguma medida deve ser tomada e qual seria o foro adequado onde o ex-presidente pudesse partilhar as informações privilegiadas que possui. Qualquer decisão será anunciada pelo líder Bruno Araújo após discussão do assunto na bancada tucana no Congresso.

 Leia mais na Agência Tucana

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sindicalistas reclamam de interlocução do governo Dilma


Principais reclamações são as poucas reuniões realizadas e a dificuldade 
em conversar com a presidente

Publicado no Estado de S.Paulo - 23-05-12

A iminência de os reflexos da crise econômica global, sobretudo a que assola os países europeus, atingir o mercado de trabalho brasileiro já está gerando tensão nas relações entre sindicatos de trabalhadores e o governo da presidente Dilma Rousseff. Mesmo sendo considerada afilhada política de um ex-presidente oriundo do meio sindical e ter herdado a administração de Luiz Inácio Lula da Silva, dirigentes das principais centrais sindicais do País reclamam que as relações entre os representantes dos trabalhadores e o governo federal podem entrar em colapso, em razão da falta de um canal eficiente de comunicação do governo com os trabalhadores.

O reflexo desse descontentamento ficou evidente no cancelamento de duas agendas oficiais nos últimos dias. Na sexta feira, 18, a presidente cancelou sua presença na cerimônia de inauguração da unidade José Alencar Gomes da Silva do Campus Diadema da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) devido à presença de professores grevistas que planejavam um protesto. Na segunda-feira, 21, Dilma não compareceu à outra visita, desta vez a Porto Alegre, onde inauguraria duas estações de metrô que receberam verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por conta de uma paralisação de metroviários.

Segundo o presidente do Núcleo Sindical do PSDB, maior partido de oposição ao governo federal, Antônio de Sousa Ramalho, a dificuldade em conversar com a presidente Dilma é muito grande. "Quando ela recebe algumas pessoa das centrais (sindicais), ela corta a língua de todo mundo porque só um ou outro pode falar e assim fica muito difícil expor a reivindicação da classe trabalhadora. Deste jeito, é melhor nem ter reunião", destaca o sindicalista, que também é vice-presidente da Força Sindical. Segundo ele, a pauta empresarial no governo Dilma é muito bem valorizada enquanto a sindical é bastante tímida.

A falta de interlocução adequada com o governo federal também é citada pelos dirigentes da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, e da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, licenciado da central para disputar as eleições municipais de São Paulo. Eles reclamam que na gestão Dilma foram realizadas apenas três reuniões com as centrais sindicais e que, durante esses encontros, apenas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) teve voz ativa. Procurada, a CUT não quis se pronunciar.

Protestos

Na avaliação de Patah, os protestos, como os que interferiram na agenda presidencial, foram ocasionados principalmente pela falta de interlocução com Dilma. "Se tivesse mais proximidade, tudo poderia ter sido evitado. Por mais duras que sejam essas questões, a boa relação com as centrais poderia evitar tudo isso", avalia. Patah afirma ainda que no governo do ex-presidente Lula havia reuniões frequentes, até mensais, entre governo e lideranças sindicais. "Isso valorizava nossas demandas", destaca.

O sindicalista adverte que a piora no cenário econômico pode aumentar as tensões entre governo e sindicatos. "Quando o crescimento econômico está razoável e tem emprego, as coisas são minimizadas. Mas com a crise há possibilidade de as relações esfriarem ainda mais", diz. Patah lembra que durante a crise econômica de 2008, devido à proximidade de Lula com as centrais sindicais, houve parceria entre governo e sindicatos. "Ele contou com o movimento sindical e a nossa contrapartida foi a manutenção dos empregos nos pacotes econômicos", diz.
Paulinho e Ramalho também concordam com esta análise. Paulinho reclama da falta de reuniões com o governo. "As reuniões existentes foram apenas para marcar outras reuniões. Nada foi decidido. Isso tem gerado muito desconforto", afirma.

Segundo o presidente licenciado da Força Sindical, não há ninguém no governo federal apto para negociar com as centrais sindicais. "Precisa ter alguém com quem conversar no governo Dilma", diz. "Quando o governo indica alguém, essa pessoa não tem poder para resolver os problemas da classe trabalhadora. É por isso que as relações vão se complicando." Paulinho também defende a necessidade de o governo estabelecer uma agenda e um canal eficiente de comunicação com os trabalhadores. "Falta uma agenda (para os sindicatos) no governo Dilma", afirma.

Bola Murcha



Faltam 749 dias para o início da Copa do Mundo, mas, a julgar pelo ritmo que o governo petista tem dado às obras necessárias ao evento, parece que ainda temos uma eternidade pela frente. O mais desalentador é que a incúria em relação ao torneio de futebol não destoa do desempenho geral dos investimentos públicos federais.
 Segundo balanço oficial divulgado ontem pelo governo Dilma Rousseff, apenas cinco das 101 obras previstas para o Mundial estão prontas. Na outra ponta, 41 empreendimentos ainda não saíram do papel: estão em fase de licitação ou não passaram da etapa de elaboração de projeto, que, pelo cronograma oficial, deveria ter sido finalizada lá atrás, em 2010.
 Apenas obras cosméticas em aeroportos foram concluídas - nos terminais de Cuiabá, Porto Alegre, São Paulo e Campinas. Dos R$ 27 bilhões de investimentos previstos para estádios, aeroportos, portos e obras de mobilidade urbana, somente 1%, ou R$ 200 milhões, foi executado.
 Na área de mobilidade urbana - das raras que, efetivamente, podem vir a gerar algum benefício duradouro para a população - nenhuma das 51 obras previstas foi entregue até agora. O mais preocupante é que, destas, somente 28 estão em execução neste momento; o resto ainda dormita nas gavetas.
 Aldo Rebelo não vê problema algum em empreendimentos que, a esta altura, já deveriam ser areia, cimento e concreto não passarem de rascunhos. Sua frase é lapidar: "Não sei por que o preconceito com obras no papel. Não é porque está no papel que significa necessariamente um atraso".
 A manifestação do ministro do Esporte faria algum sentido se já não tivesse transcorrido quatro anos e meio desde que o Brasil foi escolhido pela Fifa para sediar o Mundial de 2014. Teria alguma lógica se, daqui a um ano, o país já não fosse abrigar os jogos da Copa das Confederações e daqui a pouco mais de dois anos não tivéssemos de receber a Copa do Mundo.
Outro lado perverso da negligência da gestão petista, tanto de Lula quanto de Dilma, em lidar com os preparativos para o Mundial é o custo para os cofres públicos. Se, a princípio, dizia-se que o investimento seria eminentemente privado, ao longo do tempo ele foi se tornando preponderantemente custeado pelo governo.
 Dos R$ 27 bilhões ora estimados, 84% serão bancados por fontes públicas, seja por meio de investimento direto da União (R$ 4,7 bilhões), financiamentos federais (R$ 11,1 bilhões) ou aportes de estados e municípios (R$ 7,1 bilhões). Da iniciativa privada, virão apenas R$ 4,2 bilhões.
 Ressalte-se que o orçamento atual já cresceu mais de 54% em relação à primeira estimativa oficial, de R$ 17,5 bilhões, divulgada no início de 2010, como mostrou aFolha de S.Paulo há duas semanas. Quanto mais lerda a execução, mais cara a obra. E quem paga pela ineficiência somos nós, contribuintes.
 O desleixo não é marca dos petistas apenas nos preparativos para a Copa. Também se espraia para a execução orçamentária como um todo, como bem manifestou o Tribunal de Contas da União (TCU) ao julgar as contas do primeiro ano da gestão Dilma.
 Embora aprovadas, elas foram alvo de 25 ressalvas e 40 recomendações, entre elas uma que beira o pleonasmo, mas que, nos governos do PT, parece algo impossível: serem "efetivamente priorizadas as execuções das ações definidas como prioritárias". Para o petismo, prioridades nunca são o que é mais importante para a população.
 Segundo o TCU, as obras públicas federais apresentam hoje atraso médio de 437 dias. "Por causa de projetos malfeitos e fatores que deveriam ter sido dimensionados no tempo oportuno, várias obras prioritárias para a infraestrutura do País estão atrasadas", mostra O Estado de S.Paulo.
 Como se fosse possível, o desempenho executivo foi cadente no primeiro ano de Dilma. A presidente reduziu de 652 para 92 as ações que considerava prioritárias em seu governo. Mesmo assim, somente 54% delas apresentaram o que o TCU classifica como "execução alta". Em 2010, 63% estiveram nesta condição.
 A preocupação com o bom andamento e a efetiva realização das obras com vistas à Copa do Mundo não repousa em fazer bonito para o resto do mundo. Dirige-se a aproveitar uma oportunidade única, de alta visibilidade global, para gerar benefícios duradouros para o desenvolvimento do país e para o bem-estar da população. Mas, se depender do governo do PT, vamos chegar atrasados e bater uma bolinha murcha daqui a dois anos.

Execução de obras preocupa



Publicado no jornal O Tempo – 24-05-12


Faltando pouco mais de dois anos para a Copa do Mundo no Brasil, 41% das obras relacionadas com o evento sequer tiveram início e apenas cerca de 5% estão concluídas. Os dados são de um balanço divulgado ontem pelo governo federal, com informações atualizadas até o dia 25 de abril. De acordo com o levantamento, somente 5 das 101 obras foram concluídas até agora. Apesar dos números, o governo nega atraso e afirma que o ritmo de execução permitirá entregar 83% dos empreendimentos em 2013 e o restante, em 2014 antes de junho, quando começa o Mundial.


O balanço afirma que a fase de definição de projetos de infraestrutura deveria ter sido concluída em 2010, mas existem 15 obras que ainda estão em elaboração. Outras 25 obras estão em licitação ou tiveram este processo concluído, mas ainda não tiveram início efetivo. Segundo o governo, existem 55 obras em andamento, entre elas as dos 12 estádios que receberão os jogos.
Em relação aos estádios, apenas quatro superaram a metade das obras. O Maracanã, no Rio de Janeiro, e a Arena Pernambuco, no Recife, que devem receber jogos da Copa das Confederações já em junho de 2013, têm apenas 45% e 33% das obras concluídas, respectivamente. 
O estádio mais avançado é o Castelão, de Fortaleza, com 62%. O Mineirão, que também vai receber jogos da Copa das Confederações, tem 55% das obras concluídas. Os estádios privados que receberão reformas - Arena da Baixada, em Curitiba, e Beira-Rio, em Porto Alegre - são os com menor execução. 
A mobilidade urbana, apontada como principal legado da Copa, tem pouco mais da metade de suas obras iniciadas: 55%. De acordo com o balanço, sete obras ainda estão em projeto, nove em licitação e sete já foram licitadas e aguardam o início. "A parte de projeto é fundamental para ter um bom desempenho da obra", disse o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, para justificar o estágio destas obras.
Meio Ambiente
Ações serão debatidas hoje em BH
As ações de sustentabilidade para a Copa do Mundo 2014 que estão em curso na capital mineira serão debatidas hoje, no Sustentar 2012 - 5º Fórum Internacional pelo Desenvolvimento Sustentável, no Minascentro. De acordo com a Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa-MG), A preocupação do governo vai além da experiência de reforma do Mineirão, que pretende obter a certificação de construção verde Leed (Leadership in Energy and Environmental Design). 
Impactos positivos e negativos causados por outras atividades durante a Copa do Mundo de 2014 farão parte de um relatório de sustentabilidade. O modelo mais utilizado atualmente em todo o mundo para elaboração do documento é o desenvolvido pela Global Reporting Initiative (GRI), que qualifica práticas sustentáveis de empresas e organizações mundiais com as notas A, B ou C. O edital para contratação da consultoria será divulgado em junho. 
"O relatório é uma forma padronizada de comunicar as práticas socioambientais para o evento e monitorar o desempenho nessa área. Queremos ser a cidade-sede referência em sustentabilidade", diz Vinícius Lott, Gerente do Projeto Copa Sustentável da Secopa.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Transposição do São Francisco está 36% concluída, diz ministro

Publicado na Folha de S.Paulo – 22-05-12

Cinco anos após o início das obras, a transposição do rio São Francisco tem apenas 36,12% de execução. Além disso, cinco dos 14 lotes tocados por empreiteiras estão paralisados.

As informações foram apresentadas nesta terça-feira (22) pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, durante audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Toda a obra deveria ficar pronta este ano, a um custo de R$ 4,6 bilhões. Agora a transposição só deve ser totalmente entregue no final de 2015, por R$ 8,2 bilhões.

De acordo com planilha apresentada pelo ministro, R$ 2,9 bilhões foram pagos desde 2010. Até 2014, outros R$ 4,9 bilhões devem ser investidos e ainda há expectativa de gastar mais R$ 385 milhões depois.

Bezerra detalhou a situação de cada trecho dos dois eixos da transposição.

O lote 5, no Ceará, ainda não começou a ser feito. A licitação está em curso. A previsão é de que os 39 quilômetros de canais deste lote fiquem prontos até dezembro de 2014.

Alguns trechos serão novamente licitados até setembro deste ano. Isso é necessário porque o governo fez a primeira concorrência prevendo um determinado valor, mas as obras tiveram de ser feitas de maneira diferente.

Um trecho piloto de 16 quilômetros deve ficar pronto até dezembro deste ano. A "Meta 1N" compreende a captação no reservatório de Itaparica até o reservatório Areias, ambos em Floresta (PE).

O prazo é assegurado pelo governo apesar de somente 36% da meta estarem concluídos. Já foram pagos R$ 888 milhões e há um saldo remanescente de R$ 678 milhões. A intenção da pasta é testar toda a operação neste trecho.

Quando prontos, os canais levarão água ao semiárido de Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

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Greve de professores paralisa 70% das federais



Quarenta e uma das 59 instituições estão paradas, além de dois institutos federais. Não    há previsão de término da paralisação


FONTE: Veja Online
Um balanço divulgado nesta terça-feira pelo Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes) mostra que 41 das 59 universidades federais brasileiras paralisaram suas atividades. Isso significa que os professores de mais de dois terços das instituições estão de braços cruzados. Dois institutos federais de educação também anunciaram greve.
A região Sudeste é a que registra o maior número de instituições paralisadas: 15 universidades, além de um instituto. Em seguida, está a região Nordeste, com 11 universidades e um instituto. No Norte, oito universidades estão sem aula e no Sul, quatro. No Centro-Oeste, três instituições aderiram à greve.
Nesta terça-feira, as universidades federais do Pampa (Unipampa), Fluminense (UFF) e de Alfenas (Unifal) interromperam suas atividades. No início da tarde a federal de São Paulo (Unifesp) e do Rio de Janeiro (UFRJ) também pararam.
Os professores reivindicam um plano de reestruturação da carreira, que teria sido prometido pelo governo federal para março deste ano. Entre as reivindicações, está a redução de níveis de remuneração (de 17 para 13), variação de 5% entre os níveis e um salário mínimo para a carreira de 2.329,35 reais referente a 20 horas semanais (atualmente, esse valor é de 1.597,92 reais). Os professores pedem também melhores condições de trabalho e infraestrutura.

Por meio de nota, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que o reajuste salarial de 4% – acertado com as entidades do setor em agosto de 2011 – está garantido por medida provisória, publicada no último dia 14 no Diário Oficial da União. O reajuste será retroativo ao mês de março. Já com relação ao plano de carreira dos professores e funcionários, o MEC diz que a negociação prevê a aplicação da medida somente em 2013.

Confira a lista completa de universidades que estão total ou parcialmente paralisadas:
Região Norte
- Universidade Federal do Amazonas
- Universidade Federal de Rondônia
- Universidade Federal de Roraima
- Universidade Federal Rural do Amazonas
- Universidade Federal do Pará
- Universidade Federal do Oeste do Pará
- Universidade Federal do Amapá
- Universidade Federal do Acre

Região Nordeste
- Universidade Federal do Maranhão
- Universidade Federal do Piauí
- Instituto Federal do Piauí
- Universidade Federal do Semi-Árido
- Universidade Federal da Paraíba
- Universidade Federal de Campina Grande
- Universidade Federal Rural de Pernambuco
- Universidade Federal de Alagoas
- Universidade Federal de Sergipe
- Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
- Universidade Federal do Vale do São Francisco
- Universidade Federal de Pernambuco

Região Sul
- Universidade Federal do Paraná
- Universidade Tecnológica Federal do Paraná
- Universidade Federal do Rio Grande
- Universidade Federal do Pampa

Região Sudeste
- Universidade Federal do Triângulo Mineiro
- Universidade Federal de Uberlândia
- Universidade Federal de Viçosa
- Universidade Federal de Lavras
- Universidade Federal de Ouro Preto
- Universidade Federal de São João Del Rey
- Universidade Federal de Juiz de Fora
- Universidade Federal de Alfenas
- Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
- Instituto Federal de Minas Gerais
- Universidade Federal do Espírito Santo
- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
- Universidade Federal Fluminense
- Universidade Federal do Rio de Janeiro
- Universidade Federal de São Paulo

Região Centro-Oeste
- Universidade Federal do Mato Grosso
- Universidade Federal de Goiás
- Universidade de Brasília

terça-feira, 22 de maio de 2012

Delta deve receber mais de R$ 700 milhões da União






Publicado no site da ONG Contas Abertas 


Embora a Delta Construções S/A esteja atualmente em meio a uma avalanche de acusações, sujeitando-se inclusive a ser declarada inidônea pela Controladoria-Geral da União (CGU), a construtora ainda deve receber cerca de R$ 724 milhões da União. Este montante é composto por restos a pagar (despesas compromissadas e não pagas em exercícios anteriores) acrescido dos valores empenhados e não liquidados em 2012. Do total, R$ 429,2 milhões, equivalente a 59,3%, serão pagos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit).

Até a última sexta-feira, os restos a pagar em favor da Delta somavam R$ 504,5 milhões, sendo R$ 502,4 milhões não processados, ou seja, sem o reconhecimento do governo quanto à conclusão dos serviços prestados. Além disso, neste ano, já tinham sido empenhados R$ 229,5 milhões, dos quais apenas R$ 8,0 milhões foram liquidados. Desta forma, computando-se os R$ 504,5 milhões de exercícios anteriores e a diferença entre os valores empenhados e liquidados em 2012 (R$ 221,6 milhões), chega-se aos R$ 724 milhões passíveis de recebimento pela empreiteira.

A maior obra pela qual a Delta vai receber recursos é a de integração do Rio São Francisco com as Bacias dos rios Jaguaribe, Piranhas, Açu e Apodi, na Região Nordeste. Cerca de R$ 59,9 milhões estão alocados em restos a pagar. O empreendimento é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional. A empreiteira também vai receber R$ 32,1 milhões para a adequação de trecho rodoviário da BR-110 na divisa entre o Rio Grande do Norte e Paraíba, tocado pelo Dnit.

Outras obras do Departamento tocadas pela Delta a serem concluídas envolvem a manutenção de trechos rodoviários no estado do Ceará (R$ 21,3 milhões), na BR-174 no estado do Amazonas (R$ 19,7 milhões) e na BR-242 no estado da Bahia (R$ 9,8 milhões).

Além dos ministérios da Integração e dos Transportes, a Pasta da Saúde também vai desembolsar recursos para a Delta. O ministério vai desembolsar a título de restos a pagar R$ 15,4 milhões para a implantação da nova sede do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, no Rio de Janeiro.

As obras em andamento englobam todas as regiões do país e demonstram a rede de negócios da maior empreiteira do PAC, que já recebeu R$ 212,4 milhões em 2012. Os contratos assinados com o Dnit referem-se em geral à manutenção e conservação preventiva de trechos rodoviários. Neste ano, obras dessa natureza no estado de Alagoas, por exemplo, renderam à construtora R$ 27,5 milhões - que ainda espera receber R$ 4,4 milhões por conta de obras no estado. (veja tabela)

O segundo maior desembolso do ano se deu pela atuação da empresa em Goiás. Foram pagos R$ 20,7 milhões pela União para a adequação do trecho de rodovia entre Goiânia e Jataí, na BR-060. Ao todo, obras no estado são responsáveis por R$ 20,5 milhões em restos a pagar à Delta.

Criada em 1961, a Delta tem mais de 22 mil funcionários em todo o país e atua em segmentos diversificados como rodovias, saneamento, engenharia ambiental, energia e montagem industrial. A empresa, citada em diversas gravações da Operação Monte Carlo (caso Cachoeira), recebeu R$ 4 bilhões do governo federal desde 2001, em valores correntes. Naquele ano, a construtora recebeu R$ 41,4 milhões da União. Em 2011, o valor chegou a R$ 884,5 milhões. Se considerarmos, os contratos da instituição com a administração federal direta (excluídas as empresas estatais) desde 1996 os valores cresceram em 193 vezes.

O grande salto ocorreu com a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007. De lá pra cá, a construtora de propriedade de Fernando Cavendish só não ocupou o primeiro lugar entre as empreiteiras do PAC em 2008, quando recebeu R$ 324,2 milhões, cerca de R$ 2,3 milhões a menos que a Construtora Queiroz Galvão. Em 2009, embolsou R$ 675 milhões, atingindo o valor recorde no ano passado (R$ 884,5 milhões), o maior desembolsado para uma empreiteira na história do PAC.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

PT finge que não vê greve da educação contra governo federal




Silêncio do PT diante da greve dos profissionais federais da área da educação. O PT que costuma sempre fazer barulho, está recolhido num constrangedor silêncio no momento em que 37 instituições federais de ensino entram em greve exigindo do governo federal valorização da educaçao. Embora a paralisação não tenha merecido espaço na imprensa, ela continua.
Ao invés de dialogar, a presidente fugiu do encontro com manifestantes duas vezes.






Professores de 38 instituições federais seguem em greve no país



Publicado no Portal Terra

A Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais, confirmou a adesão à greve nacional de professores a partir desta segunda-feira. No total, 38 instituições federais (universidades e institutos) confirmaram a paralisação das atividades por tempo indeterminado. No Brasil, são 59 universidades federais. A previsão, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), é de que mais instituições paralisem.
Entre as reivindicações, estão a reestruturação da carreira da categoria e as condições precárias de trabalho, atribuídas à falta de estrutura nas instituições. No Brasil, são 64 seções sindicais de 59 universidades federais ligadas ao Andes.
De acordo com Aloisio Porto, do Comando de Greve da Andes, o atual plano não permite um crescimento satisfatório do professor ao longo da carreira. "Hoje para chegar no teto da carreira ele levaria quase 30 anos". De acordo com o dirigente sindical, foram feitas mais de dez reuniões com o Ministério do Planejamento para revisão dos planos, mas não houve avanço na negociação. Assembleias marcadas para amanhã e para o início da próxima semana devem confirmar a adesão de professores de outras instituições à paralisação, segundo Porto.
O Ministério da Educação (MEC) informou, por meio de nota, que "reafirma sua confiança no diálogo e no zelo pelo regime de normalidade das atividades dos campus universitários federais". O governo ressalta que o aumento de 4% negociado no ano passado com os sindicatos já está garantido por medida provisória assinada no dia 11 de maio. O aumento será retroativo a março, conforme previsto no acordo firmado com as entidades.
"Com relação ao plano de carreira, a negociação prevê sua aplicação em 2013. Os recursos devem ser definidos na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) até agosto deste ano, o que significa que temos tempo. As negociações entre o Ministério do Planejamento e as representações sindicais seguem abertas", explicou o MEC.
Veja as instituições que aderiram à greve nacional de professores:
1 - Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
2 - Universidade Federal de Rondônia (Unir)
3 - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
4 - Universidade Federal do Pará (UFPA) - Campi Central e Marabá
5 - Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
6 - Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
7 - Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
8 - Universidade Federal do Piauí (UFPI)
9 - Universidade Federal do Semi-Árido (UFERSA) - Campus Mossoró
10 - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)- Campi Central, Patos e Cajazeiras
11 - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
12 - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
13 - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
14 - Universidade Federal de Sergipe (UFS)
15 - Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
16 - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
17 - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
18 - Universidade Federal de Lavras (UFLA)
19 - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
20 - Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ)
21 - Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
22 - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
23 - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
24 - Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)- Campi Central e Rondonópolis
25 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
26 - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
27 - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
28 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
29 - Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) - Campus Juazeiro
30 - Universidade Federal de Goiás (UFG) - Campus Catalão
31 - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
32 - Universidade Federal do Acre (Ufac)
33 - Universidade de Brasília (UnB)
34 - Universidade Federal Fluminense (UFF)
35 - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)
36 - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
37 - Universidade Federal de Roraima (UFRR)
38 - Instituto Federal de Minas Gerais