A Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, contratou manifestantes para ir à Comissão Mista
do Senado e apoiar a aprovação da Medida Provisória 579, que trata das regras
para a renovação das concessões do setor elétrico.
Por
R$ 20,00 reais a hora, os modelos contratados por uma agência de publicidade no
Distrito Federal, que atende a Ciesp ( Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo), foram orientados a responder que eram universitários. Mas o disfarce
durou pouco. Ao serem questionados sobre o que cursavam, a resposta era o
silêncio. Mais constrangedor ainda foi perguntá-los sobre o que se tratava a MP
579, como nada sabiam, nada diziam.
Hoje,
na votação na Câmara dos Deputados, os manifestantes “universitários” estarão
novamente presentes. E mais uma vez, ganharão R$ 20,00 reais por hora.
A
posição da FIESP vem causando estranhamento no mercado, que já se assustou com
a quebra de contratos em vigor promovida pelo governo. A MP 579 também afasta
investimentos e a capacidade de crescimento das empresas do setor elétrico,
colocando em risco o abastecimento de energia no país.
Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a MP 579 não está correta, como
afirmam também especialistas do setor. O senador defende a redução do valor da
energia com a diminuição de impostos. Segundo Aécio Neves, são mais de 11
tributos embutidos na conta de luz que o governo federal poderia reduzir.
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