segunda-feira, 21 de maio de 2012

Greve paralisa 33 universidades federais; e aí, Dilma, e aí PT?






Por Guilherme Castro

governo Dilma Rousseff (PT) volta a enfrentar turbulências. Além da queda de ministros emescândalos de corrupção, o estreito relacionamento entre Cachoeira-Delta-União e a morosidade do julgamento do mensalão, a chefe do Executivo terá que lidar com uma das greves mais importantes do momento: a dos professores das Instituições Federais de Ensino (IFE).
Embora não muito noticiado pela mídia, na última quinta-feira (17/05), pelo menos 33 instituições federais aderiram ao movimento grevista deflagrado por todo o país, e mais instituições devem aderir nos dias que se seguem. Dentre as principais reclamações está odescaso do governo federal com o setor da educação no país. Com o corte de R$ 5 bilhões dos recursos destinados ao setor, a presidente do Sindicato Nacional Docentes de Ensino Superior (Andes-SN), Marina Barbosa, deixou clara a dificuldade que a categoria enfrentará, uma vez que o governo se mostra duro, intransigente e autoritário.
Manifestação de estudantes em Ouro Preto
Protesto de estudantes em Ouro Preto
Outro ponto da pauta do Andes-SN é osucateamento das universidades federais brasileiras, principalmente aquelas que foram expandidas pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), visto que a qualidade não esteve em pauta. Segundo eles, os problemas passam pela falta deinfraestrutura física, salas de aula lotadas, efetivos contratados como temporários e até mesmo o déficit de professores.
Pior que a situação atual, é o posicionamento do governo federal. O governo Dilma deveria dar sequência às negociações que foram iniciadas durante o governo Lula. Como pode ser visto no link a seguir, em dezembro de 2010, através daCarta nº 400/2010, o representante do Andes-SN oficializou o documento, que trazia as propostas para a Carreira Docente, junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A intenção era apresentar os pontos importantes para a formulação da carreira, mas sempre deixando as portas abertas para continuar negociando com o governo.
Muitas entidades já declararam apoio ao movimento grevista, dentre elas a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Conselho Universitário da Universidade de Campina Grande, além de um grupo de diretórios acadêmicos da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Como podemos ver grande parte dos estudantes estão declarando apoio ao movimento grevista, como se pode comprovar nas fotos da manifestação de apoio em Ouro Preto, que ilustram este post. Ações como essa servem para mostrar a realidade da educação brasileira, que vem deixando muito a desejar. Não basta levar a criança e o jovem para a escola ou a universidade se a qualidade da mesma não melhorar.

Movimento quer mais recursos e fim do sucateamento do ensino federal

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