terça-feira, 12 de junho de 2012

Humildade, a mais nobre das virtudes de um governante



Fonte: Wellington Pedro/ Imprensa MG

Mesmo com atraso de dois anos, presidente Dilma mostra grandeza ao aceitar oferta de ajuda do Governo de Minas para executar as obras do Anel Rodoviário de BH

Belo Horizonte e sua Região Metropolitana ainda estão longe de comemorarem a realidade de demandas históricas como a ampliação do metrô, a duplicação da BR-381 e o fim das tragédias no Anel Rodoviário. Porém, a capital mineira celebra hoje a presidente da República, Dilma Rousseff, por um ato dos mais nobres que um governante pode ter: a humildade em reconhecer que necessita da ajuda de todos para governar.

Mesmo que seja com dois anos de atraso, a atitude da presidente Dilma em repassar ao Governo de Minas a responsabilidade pelas obras de modernização dos 27 quilômetros do Anel Rodoviário de BH é simbólica e merece o reconhecimento dos mineiros. Espera-se que ela inaugure um novo tempo em que a relação do governo federal com estados e municípios deixe ser de à base da arrogância e da falta de comprometimento com o pacto federativo.

Ao desembarcar na capital mineira para autorizar a liberação de R$ 17 milhões para o projeto executivo das obras de modernização do Anel Rodoviário, a presidente Dilma resgata uma proposta feita pelo governador Antonio Anastasia em agosto de 2010.

Naquela ocasião, Minas Gerais assistia perplexa uma sequência de tragédias e mortes no Anel Rodoviário de BH e uma denúncia do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o perigo de um rombo de R$ 300 milhões no projeto que se avizinhava para a modernização da rodovia federal.
Foi quando Anastasia enviou ao ministro dos Transportes do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva carta solicitando que o Governo de Minas tivesse autorização da União para executar as obras de modernização do Anel Rodoviário. Os mineiros já não suportavam mais ver a carnificina provocada pela falta de competência gerencial do governo federal para gerir um trecho de 27 quilômetros de rodovia sob sua responsabilidade.
Nenhuma resposta foi dada à oferta de ajuda feita pelo Governo de Minas àquela época. Muitas desculpas foram dadas como engodo. E pelas mortes que essa falta de humildade provocou no Anel Rodoviário, é que temos de saudar a atitude da presidente Dilma como um marco histórico de mudança de paradigma no governo petista.
Quando a presidente Dilma deixa o planalto central e se presta a vir a Belo Horizonte repassar ao Governo de Minas a responsabilidade pelas obras num trecho sob a responsabilidade da União, algo muito sério está acontecendo.
Cabe a nós, mineiros, mais do que saudar o governador Antonio Anastasia por ter sugiro esta atitude há dois anos ao então presidente Lula. Temos sim que aplaudir a presidente Dilma pela humildade em aceitar a ajuda de um governo estadual que deu demonstrações claras de que respeita ao extremo o pacto federativo na sua essência e está pronto a trabalhar pelo bem comum.

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