quarta-feira, 6 de junho de 2012

Professores de 49 instituições federais já aderiram à greve



Nesta terça, haverá uma marcha dos docentes em Brasília para pressionar o governo

Nesta terça-feira, a greve dos professores das instituições federais chega ao seu 19º dia e será marcada por uma marcha de docentes em Brasília, para pressionar o governo nas negociações. De acordo com o último balanço da Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior (Andes-SN), 49 instituições federais de ensino superior (Ifes) já aderiram ao movimento. No Rio, as quatro universidades federais estão em greve.

A mobilização dos estudantes no apoio à greve também tem crescido. Na semana passada, uma assembleia de alunos da UFRJ, com cerca de 2 mil estudantes, deliberou pelo apoio à paralisação dos professores. Um balanço realizado pela Assembleia Nacional do Estudantes Livre (Anel), entidade nacional de oposição à União Nacional dos Estudantes (UNE), mostrou que mais de 30 instituições já entraram em greve estudantil.

Apesar da adesão de universidades de peso (a UFRJ não entrava em greve desde 2001), as negociações com o Ministério da Educação (MEC) são lentas. Em entrevista coletiva, o ministro Aloizio Mercadante chegou a dizer que não via sentido na paralisação, pois o acordo salarial acertado no ano passado estava sendo cumprido, com reajuste de 4% e incorporação de gratificações. A Andes rebateu o MEC, através de nota, ao dizer que o acordo em 2011 foi “emergencial” e pediu a volta do debate sobre o novo plano de carreira. Os docentes reclamam que há, atualmente, uma defasagem em relação a outras carreiras federais.

Na semana passada, chegou a ser marcada uma reunião entre o comando de greve e o governo, mas foi desmarcada à pedido próprio MEC. Segundo a assessoria do órgão, houve um problema “de agenda” e o encontro seria realizado posteriormente. Mercadante já disse que o atraso na negociação do novo plano de carreira ocorreu devido a morte. em janeiro, do secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, o principal negociador do governo.

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