terça-feira, 31 de julho de 2012

Despesas do governo aumentam mais que receita no 1º semestre

 
Superávit primário em junho tem redução de 28,8% ante maio; queda no 1º semestre é de 14,1%

Publicado no jornal O Globo – 31-07-12

Com a economia em desaceleração, o governo central – que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – o governo central registrou superávit primário de R$ 1,272 bilhão em junho de 2012. O resultado representa uma redução de 28,8% ante maio (R$ 1,787 bilhão) e de 88% com relação a junho do ano passado (R$ 10,580 bilhões).

Nos seis primeiros meses deste ano, a queda foi de 14,1% ante o mesmo período de 2011. Nos primeiro semestre deste ano, a economia para o pagamento dos juros da dívida pública ficou em R$ 48,085 bilhões – R$ 7,9 bilhões a menos que os R$ 55,993 registrados de janeiro a junho de 2011.

Apesar das reduções, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, avaliou que o resultado foi positivo. Ele observou que, em 2011, a arrecadação do governo foi muito superior à média dos outros anos por causa do programa de parcelamento de tributos atrasados das empresas, o Refis da Crise.
- Em junho de 2011, tivemos mais de R$ 6 bilhões de receitas extraordinárias decorrentes do Refis. A diferença (no superávit) é explicada basicamente pela sazonalidade importante que houve na receita. Parece uma grande diferença, mas não há excecionalidade - ressaltou.

O secretário observou, no entanto, que o momento é de preocupação com o crescimento da atividade econômica, sobretudo por causa das turbulências internacionais. A seu ver, o governo conseguirá cumprir a meta cheia (sem abatimento dos gastos do PAC) de superávit primário neste ano, de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Augustin disse que, para alcançar esse objetivo, o governo poderá utilizar dividendos das estatais. Ele lembrou que ainda faltam ingressar pelo menos R$ 18 bilhões em dividendos este ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário