segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Líderes políticos falam sobre documentos que comprovam a atuação de José Dirceu no mensalão



Embora José Dirceu insista que atuou dentro da lei, documentos oficiais do Palácio do Planalto confirmam a denúncia da procuradoria-geral da República. Tal documentação, que inclui correspondências confidenciais, bilhetes e ofícios, expostos pelo O Estado de São Paulo, mostra a troca de favores entre governo e aliados.

Para os líderes no Senado do PSDB, Álvaro Dias (PR), e do DEM, José Agripino (RN), os documentos comprovam a acusação do deputado Roberto Jefferson (PTB) de que o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, tinha conhecimento do esquema.

Dias afirma que “Na verdade, quem tinha o comando era o presidente Lula, José Dirceu era o segundo. Ele operacionalizava o que já tinha acertado com Lula.” Agripino também entende que Dirceu atuava com o conhecimento prévio do presidente: “O comandante do processo era José Dirceu com o aval de seu comandante, Lula.” Para eles, seria irreal imaginar que Dirceu encaminhava pedidos de nomeação, audiências nos ministérios e mantinha uma rede de informações sobre a atuação de outros integrantes do governo, “escondido” de Lula.

“A cada dia vai se confirmando todo o esquema montado com o objetivo de tomar o poder e de se perpetuar a qualquer preço”, afirma o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), ao avaliar registros que mostram a atuação da atual presidente da Petrobrás, Graça Foster, em contratos da estatal com a empresa do marido.

Já, para o  líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP) a atuação do ministro revelada nos documentos é “normal” e nada tem de irregular. Argumentou que, na época, a Casa Civil acumulava as funções da atual pasta de Relações Institucionais: “Isso é corriqueiro na administração”, falando do ofício emitido pela Casa Civil sob o comando de Dirceu sobre “supostas irregularidades” entre Petrobrás e a empresa de Colin Foster, marido de Graça Foster.

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