quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tese de caixa dois é enterrada e provas de CPI são validadas


FONTE: Movimento Brasil de Verdade

Os jornais desta quinta-feira (9) enterram a tese da defesa sobre o chamado caixa dois e reafirmam a legalidade do uso das provas colhidas durante a  CPI do Mensalão.
Em sua edição de hoje, o Correio Braziliense afirma em manchete: “Tese de Caixa dois já foi rejeitada pelo Supremo”.
A Folha de SP, com chamada na primeira página do caderno de poder, afirma que “Provas de CPI valem no mensalão”.
O Globo pontua, com ironia, que a defesa do Banco Rural jogou toda a responsabilidade no falecido vice-presidente da instituição financeira, José Augusto Dumont: “Defesa do Banco Rural culpa executivo morto”, assinala o jornal carioca na primeira página. Foi uma tentativa desesperada para retirar a responsabilidade da ex-presidente do Banco Rural, Katia Rabello, e de outros executivos envolvidos.
Há uma outra informação importante que mostra que Lula anda mesmo muito preocupado com o que acontece no Supremo. Embora tenha declarado que não tem acompanhado o julgamento e que prefere ver novela, Lula está se informando de todos os detalhes do processo através de Márcio Thomaz Bastos, advogado de um executivo do Banco Rural no mensalão e ex-advogado de Carlos Cachoeira.
“Lula telefonou para Bastos para se informar sobre processo”, informou o jornal O Globo.
A pressão dos “companheiros” dos réus do mensalão do PT contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, continua intensa. “PT vai representar contra Gurgel no Conselho do Ministério Público”, publicou a Folha de S.Paulo, e “PT pressiona Gurgel por texto para crianças”, segundo o Estadão.
A defesa do deputado federal João Paulo Cunha (PT) também rendeu registros. A Folha de S.Paulo vai além e destaca que Cunha recebeu quase a totalidade dos recursos de sua campanha por meio de um mecanismo usado para ocultar doações.
O Estadão diz que o clima no PT é de “preocupação” com o desfecho do processo, pois a situação do ex-presidente da Câmara é a mais complicada entre os envolvidos no mensalão do PT.
Outra defesa que deu no que falar foi a do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, ex-defensor de Carlos Cahoeira. Ele qualificou a denúncia do mensalão como sendo um “ato terrorista” e de “uma fantasia”.
Tal afirmação ilustra bem a incapacidade da defesa dos réus em desmontar a demolidora denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que afirmou ser o mensalão o maior e mais atrevido esquema de corrupção política da história do país.
Colunistas
As colunas dos principais jornais do País não dedicaram hoje espaço ao julgamento do mensalão do PT como nos dias anteriores. A exceção ficou com o jornalista Merval Pereira, de O Globo.
Merval aborda a fragilidade das teses das defesas dos réus. “Depois dos vários advogados que desfilaram em frente aos ministros do Supremo nestes primeiros dias de atuação da defesa, fica cada vez mais claro que é difícil tanto negar quanto minimizar o esquema de corrupção organizado pelo PT, transformando-o em simples caixa dois de campanha eleitoral”, escreveu.

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