quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O décimo dia de julgamento do mensalão – Resumo dos principais portais de notícias


FONTE: Movimento Brasil de Verdade


O décimo e último dia de defesa dos réus do processo que julga o mensalão do PT, começou, nesta quarta-feira, com a defesa de José Luiz Alves, ex-chefe de gabinete do ex-ministro dos Transportes, Anderson Adauto.

O site da Folha de São Paulo publicou matéria onde o advogado de defesa alega que a denúncia feita contra Alves é um “equívoco do Ministério Público Federal. Por conta desse equívoco, José Luiz Alves suportou a situação de réu.”

Segundo o advogado, o ex-chefe de gabinete sacou R$ 250 mil do Banco Rural, que teria abastecido dinheiro no esquema, e não tinha conhecimento da origem ilícita dos recursos. De acordo com a defesa, os saques feitos por Alves a pedido de Adauto eram para quitar dividas de campanha de 2002. “Ele sabia a origem? Sabia a origem. A origem era do PT. E ele sabia da origem das dívidas, da ligação do PT com o PL”, disse.

O site G1 publicou matéria na mesma linha, com a afirmação do advogado de defesa de Alves, Roberto Pagliuso, que houve um equívoco na denúncia do MPF. Segundo o advogado, Alves fez saques do Banco Rural por ordem do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto.

O advogado Pagliuso disse que o cliente fez saques que totalizaram R$ 250 mil. “José Luiz Alves sabia a origem [do dinheiro sacado]? Sabia. A origem era o Partido dos Trabalhadores. Ele também foi coordenador da campanha de Anderson Adauto, sabia das dívidas e que o PL era coligado com o PT. Ele foi à agência, apresentou o RG, efetuou o saque e assinou os recibos.” Pagliuso destacou que o fato de Luiz Alves ter sacado os recursos a pedido do ex-ministro não é prova de que ele tinha, na época, ciência da origem dos recursos.

O segundo réu a ser defendido no processo do mensalão foi o marqueteiro do PT, Duda Mendonça. O terceiro réu que teve sua defesa feita hoje foi a sócia de Duda Medonça, Zilmar Fernandes. Como eles eram sócios, os advogados Luciano Feldens e Antonio de Almeida Castro, o Kakay , fizeram a defesa dos dois.

O site da Folha  publicou matéria afirmando que Duda e Zilmar não são mensaleiros. Sob o argumento de que a denúncia “não passa de folha de papel” e citando a ausência do ex-presidente Lula entre os réus, a defesa do publicitário Duda Mendonça e de sua sócia Zilmar Fernandes negou nesta quarta-feira que os dois tenham participado do mensalão.

Segundo o advogado Luciano Feldens, os R$ 11,2 milhões recebidos por eles do PT – e apontados como lavagem de dinheiro pela Procuradoria Geral da República – são “lícitos” e tiveram “origem em trabalho prestado”. “Todo o dinheiro que receberam tem origem lícita. São réus exclusivamente em razão da forma em que obtiveram os valores que lhe eram devidos”, completou.

O site G1 publicou matéria com o título “Defesa questiona ausência de Lula e diz que Duda não é mensaleiro”. Na matéria, o advogado de defesa afirma que os clientes receberam dinheiro como pagamento do trabalho realizado na campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. O defensor também afirmou que os clientes “não são mensaleiros” e questionou a ausência de Lula entre os 38 réus do processo do mensalão.

De acordo com o advogado há “anticritério” da Procuradoria na denúncia, uma vez que Lula não está entre os réus. Para ele, a denúncia “não passa da folha do papel”. “O que eu não entendo é o anticritério, já que meus clientes são agentes privados, têm dívidas a receber, estão fora das quatro paredes [do Planalto] e são acusados de receber valores ilícitos. Manter conta no exterior não é crime”, disse.

O advogado argumentou a licitude do dinheiro que os publicitários receberam e questionou por que seus clientes estão na ação penal.  “Foi uma longa e custosa campanha política. Todo o dinheiro que receberam tem origem lícita. O próprio procurador-geral da República diz isto, ao dizer que Duda Mendonça e Zilmar Fernandes receberam o dinheiro em razão de dívidas da campanha. “Se receberam dinheiro limpo, então porque estão na ação penal?”

O site G1 também publicou matéria onde o advogado Kakay afirmou que a acusação contra a publicitária Zilmar Fernandes no processo do mensalão é um “delírio mental’ da Procuradoria Geral da República.

“A pergunta que vem é o que estão fazendo Zilmar e Duda Mendonça neste processo. Zilmar disse que o que mais lhe magoava era ser chamada de braço financeiro do mensalão. No caso da Zilmar, falar de braço financeiro é um delírio mental. É mais que criação mental”, afirmou em referência à expressão utilizada por outros advogados de réus em relação à denúncia da Procuradoria Geral da República.

Na sustentação oral, Kakay comparou Zilmar e Duda Mendonça à dupla sertaneja “Leandro e Leonardo”, ao dizer que a acusação tratou os dois publicitários como se fossem uma só pessoa. “[A procuradoria] Tratou como se fosse uma pessoa só. Até brinquei com o ministro Luiz Fux: ‘Pensei que fosse uma pessoa só, como Leandro e Leonardo’”, disse.

Já o site do jornal O Estado de S.Paulo publicou matéria onde a defesa de Duda afirma que ele não foi o responsável por escolher a forma como receberia os recursos do PT relativos à campanha eleitoral de 2002.

O advogado questionou, “qual o poder intimidatório de Duda para pedir o recebimento no exterior? Isso não parece que tenha sido exigência do devedor? Vamos nos colocar uma vez no lugar do pagador do serviço. Quem tem a chave do cofre?”.

O advogado afirmou que diferente de outros acusados não há dúvida que os recursos recebidos pelo publicitário dizem respeito a dívidas de campanha. “Duda não é mensaleiro, Zilmar não é mensaleira”.

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